Jornal Estado de Minas

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CNJ recebe pedido para investigar juíza de Minas que postou #AglomeraBrasil

O Conselho  Nacional de Justiça (CNJ) recebeu uma representação nesta segunda-feira (04/12) pedindo a abertura de um processo administrativo contra a juíza Ludmila Lins Grilo, da Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Unaí, Noroeste de Minas Gerais. A juíza publicou vídeo nas redes sociais em meio a aglomerações durante o réveillon e usou a hashtag #AglomeraBrasil.





Segundo o documento enviado no último sábado (02/12), a magistrada cometeu infração ético-disciplinar ao se manifestar contra as recomendações das autoridades sanitárias.

“As pessoas que nela confiam por ser uma autoridade integrante do Poder Judiciário certamente serão influenciadas por sua irresponsável e inconsequente manifestação, que, de tão absurda, pode estar a configurar crime de apologia à infração de medida sanitária preventiva”, diz o pedido feito pelo advogado José Belga Assis Trad.

Pelas redes sociais, a juíza publicou fotos em uma viagem para Búzios, no litoral do Rio de Janeiro. “A cidade que não se entregou docilmente ao medo, histeria ou depressão”, escreveu em uma das fotos.



Em dezembro, a Justiça do Rio chegou a proibir a entrada de turistas, o acesso às praias e a circulação de táxis, carros de aplicativo e ônibus intermunicipais em Búzios na tentativa de evitar a disseminação do novo coronavírus no período de festas de fim de ano, quando o fluxo de viajantes na região é mais intenso. A liminar acabou derrubada pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Cláudio de Mello Tavares.


Réveillon teve menos acidentes e mortes que
o Natal nas rodovias de Minas

Ludmila é ativa nas redes sociais. Ela até mesmo já postou que é contra a vacina de COVID-19 e fez críticas à Procuradoria-Geral da República (PGR) em seu perfil.

A juíza também aparece em vídeos e lives dos canais Terça Livre, Senso Incomum e Leda Nagle. Recentemente ela fez uma "live" com a médica oncologista e imunologista, Nise Yamaguchi, que defende o uso da hidroxicloroquina, medicamento sem eficácia contra COVID-19.

O Jornal Estado de Minas entrou em contato com Ludmila Lins Grilo mas ainda não obteve resposta.

 
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*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz





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