A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou que vai retomar as obras em prédios e unidades do câmpus Pampulha em fevereiro. Os trabalhos foram interrompidos há alguns anos em razão de cortes nos repasses de recursos por parte do governo federal.
Segundo a instituição, desde 2015, o orçamento para esse tipo de empreendimento nas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) têm sofrido cortes e, no caso da UFMG, chegaram, ao longo dos últimos anos, a 87%.
A Comissão de Obras do Conselho Universitário decidiu que a retomada deve priorizar os prédios que atendem necessidades acadêmicas, em detrimento daqueles que abrigam trabalhos administrativos. Assim, as obras devem se concentrar no anexo do Bloco B da Faculdade de Educação (FaE), anexo e no setor de gravura da Escola de Belas Artes (EBA) e anexo da Escola de Música.
“A Pró-reitoria de Administração trabalha para estabelecer as condições para o reinício dessas três obras, que incluem revisão dos projetos visando a ajustes e atualizações, elaboração de caderno de encargos, execução de orçamento e dos trâmites legais para a licitação”, explica o pró-reitor da instituição, Ricardo Fakury.
Cronograma e custos
A primeira obra será no Anexo do Bloco B da FaE, escolhida por ser a menos complexa, a que está em estágio mais avançado e por ter um custo menor que as outras duas. A licitação foi concluída em novembro do ano passado e o contrato já foi assinado com a empresa vencedora. Os trabalhos de campo estão marcados para começar em 22 de fevereiro e devem durar 10 meses.
Já as obras na Faculdade de Educação têm custo de pouco mais de R$ 5 milhões, que serão cobertos pelo orçamento próprio da UFMG. No caso do Anexo III do Departamento de Química, os números atualizados são próximos de R$ 24 milhões.
Como há laboratórios avançados de pesquisa científica, cerca de 30% desse valor foi custeado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – o restante será coberto pelo orçamento da UFMG.
Segundo a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, “é uma grande satisfação conseguir aos poucos retomar os trabalhos paralisados em razão dos cortes profundos que sofremos para a realização de obras prediais. Sabemos o quanto a comunidade universitária anseia por sua conclusão, e temos lutado para conseguir os recursos financeiros e trabalhado ativamente para concluir todas elas”.
Anexo da Química quase pronto
Sete obras de grande porte foram iniciadas entre 2012 e 2013, mas tiveram que ser paralisadas entre 2014 e 2015: o Centro de Atividades Didáticas 3 (CAD3), o Anexo III do Departamento de Química, o Anexo do Bloco B da Faculdade de Educação (FaE), Anexo e Setor de Gravura da Escola de Belas Artes (EBA), o Anexo da Escola de Música, a Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) e a Unidade Administrativa 5 (UA-5).
A obra do CAD3 foi inaugurada em março de 2018. Já o Anexo III do Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas começou a ser construído em 2012, mas teve os trabalhos paralisados três anos depois. Assim, as obras foram retomadas em 2019 e devem ser concluídas nos primeiros meses deste ano. De acordo com Fakury, a Pró- Reitoria de Administração trabalha para viabilizar, em 2021 ou, no máximo em 2022, as licitações das obras do Anexo e Setor de Gravura da Escola de Belas Artes e do Anexo da Escola de Música.
Por sua vez, a retomada da construção da CTIT e da UA-5 – edificações que vão abrigar atividades administrativas – deve ocorrer apenas a partir de 2022.
Por sua vez, a retomada da construção da CTIT e da UA-5 – edificações que vão abrigar atividades administrativas – deve ocorrer apenas a partir de 2022.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina