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Estado de Minas 6 DE JANEIRO

Dia de Reis: simpatia da romã volta à cena até com pedidos de vacina

Em tempos de pandemia da COVID-19, apelos do Dia de Reis vão também para a saúde, além do dinheiro. Data que fecha o ciclo natalino será marcada por shows em BH


06/01/2021 06:00 - atualizado 06/01/2021 07:42

No Mercado Central, em Belo Horizonte, o preço das romãs chegava a R$ 20 a unidade ontem
No Mercado Central, em Belo Horizonte, o preço das romãs chegava a R$ 20 a unidade ontem (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

 
As celebrações do período natalino chegam ao fim hoje, Dia de Reis, data que ganha força na tradição popular com a simpatia da romã para atrair dinheiro, afastar todos os males, pedir paz para o mundo e até vacina para acabar com a pandemia do novo coronavírus. Para quem não tiver a árvore no quintal, no jardim ou um amigo que sempre "aparece" na hora certa com a fruta, vale dizer que no Mercado Central de Belo Horizonte a romã pode custar até R$ 20.
 
Se nas casas é hora de desmanchar o presépio, nas ruas começa a retirada da decoração natalina. Em BH, após 36 dias de atividades, dentro dos protocolos sanitários, termina o festival Luzes da Liberdade, que também comemorou os 300 anos de Minas. O projeto contou com patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, parceria do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) e coprodução assinada pelas produtoras Casulo Cultura e Full Produções.
 
Para o encerramento do festival, está prevista uma programação especial a partir das 16h, com transmissão de show do cantor Eros Biondini pelo Instagram oficial @luzesdaliberdade, em parceria com o Servas. Em seguida, entre as 16h30 e as 18h, a folia de reis de Maurício Tizumba e o Tambor Mineiro comemora o Dia de Reis visitando o Palácio da Liberdade para acompanhar a última projeção do mapping assinado pelos irmãos Rafael e Ricardo Cançado. E, para finalizar, show de Makely Ka, marcado para as 20h. Toda a programação será transmitida pelos canais oficiais do Luzes da Liberdade – site e Instagram.

Salve, simpatia!


Adepta da simpatia, Marinês de Araújo vai pedir saúde, em vez de dinheiro, em tempos de pandemia
Adepta da simpatia, Marinês de Araújo vai pedir saúde, em vez de dinheiro, em tempos de pandemia (foto: Gustavo Weneck/EM/D.A Press)
Todo dia 6 de janeiro, de manhã bem cedo, a cozinheira Marinês de Araújo faz a simpatia da romã, poderosa, segundo ela, para não deixar o “dindim” faltar na carteira. Mas agora é diferente. "Neste tempo da pandemia do novo coronavírus, meu primeiro pedido vai ser pela vacina contra a COVID-19. Saúde sempre em primeiro lugar, né?", avisa Marinês diante do seu pezinho de romã.
 
Cada um tem seu jeito particular de fazer a simpatia do Dia de Reis. Nesses tempos de crise sanitária, não custa nada apostar na sorte, diz Cleusa da Conceição Batista, a “cigana” do grupo de Pastorinhas de Santa Luzia. Pelo ritual, a pessoa deve engolir três caroços, jogar o mesmo número para trás e guardar o mesmo tanto na carteira. E ir repetindo a frase: “Gaspar, Belchior e Baltazar, que o dinheiro não venha me faltar”. Há ainda quem dobre a contagem, fazendo com seis sementes, numa referência ao dia 6, quando os reis magos visitaram o Menino Jesus. Além do dinheiro, pedidos de amor, saúde, paz e tranquilidade.
 
Com o fim das festividades, as praças perdem a iluminação característica do Natal, as famílias desmontam os presépios e a fachada dos edifícios volta ao normal, sem os pisca-piscas, as estrelas e demais enfeites que atraem os olhares de moradores e visitantes.
 
 

Serviço


Enceramento Festival Luzes da Liberdade – Rota da Liberdade 


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