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“Caso os 424 leitos estivessem funcionando, hoje teríamos uma taxa de ocupação de 51%, índice bem abaixo do atual”, afirmou o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Ocupação de leitos bate recorde
A taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19 bateu novo recorde em Belo Horizonte nessa terça-feira (5/1): 83,5%. Este é o segundo dia consecutivo que o indicador bateu recorde, tendo registrado 80,5% no boletim epidemiológico e assistencial anterior, divulgado na segunda (4/1).
Veja, na íntegra, a declaração de Kalil
"Eu vim aqui hoje para falar para a população de Belo Horizonte que nós chegamos ao limite da COVID-19. Nós avisamos, nós tentamos avisar.
Tentamos manter mais quase 10 dias a cidade aberta, quando os números eram perigosos, mas nós tínhamos, pelo menos, uma expectativa de responsabilidade - e não querendo tirar a responsabilidade da prefeitura, que só de ontem para hoje abriu mais 46 leitos de UTI.
Então, nós chegamos nos três velocímetros no vermelho. Então, se alguém está se perguntando porque estou avisando hoje, é porque na sexta-feira nós estamos soltando um decreto voltando a cidade à estaca zero.
São números impressionantes. Houve uma importação da doença surpreendente, porque temos casos, hoje, em hospitais particulares de BH de uma família inteira e famílias inteiras, que passaram o Natal juntos, infectados e internados.
Nada mais triste para mim do que ter que vir aqui falar hoje. Eu já disse e repito, com muita tristeza, que nós estamos chegando na praia. A vacina está chegando. Estamos preparados para vacinar, temos estrutura para vacinar, temos agulha para vacinar, está chegando, estamos na bica de acabar com isso, mas parece que ninguém está entendendo a gravidade dessa doença.
Vim comunicar hoje - por isso pus a data aqui, para que todo mundo saiba o dia que estou comunicando - que sexta-feira, e isso não é porque nós queremos alarmar a cidade, não. É porque é um direito do comerciante, dos proprietários que possuem loja em shopping, de tudo o que estava aberto, que sexta-feira o decreto vai ser publicado e segunda-feira a cidade está fechada.
Eu, mais uma vez, peço desculpas, mas não tive outra alternativa. Não vamos fazer de BH um pandemônio, porque nós estamos a dias da vacina e do fim dessa tragédia. Repito: me desculpem, mas governar não é agradar. Governar é governar.
Fui orientado, tivemos uma longa reunião hoje e determinamos que a partir de segunda-feira, com exceção das praças públicas e do zoológico agendado, estará com serviços essenciais abertos e com todo o resto fechado."