Jornal Estado de Minas

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Polícia fecha empresa que aplicava golpe do consórcio em BH

Foram seis longos meses de investigações. No entanto, a Polícia Civil conseguiu identificar, e fechar, uma empresa suspeita de negociar falsas cartas de crédito contempladas. Foram cumpridos, nas últimas horas, três mandados de busca e apreensão, que resultaram na prisão em flagrante, por estelionato, de dois homens, ambos de 24 anos. A dupla é apontada como líder de organização criminosa que tem sede em  Belo Horizonte. Até o momento, foram identificadas 64 vítimas em todo o estado e acredita-se que o grupo criminoso seja formado por 60 pessoas.




 
 
 
Segundo o delegado Rodrigo Damiano, o escritório, que fica no Bairro Santa Efigênia, funcionava em um prédio bem estruturado. “Esses investigados tinham uma movimentação nesse escritório de R$ 3 milhões ao mês. Isso eles conseguiam com a venda de consórcios, portanto, a gente pode entender que o lucro que eles estavam tendo era muito grande, e a movimentação de pessoas e de vítimas era enorme."
 
Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de alto padrão que os proprietários adquiriram à vista, no valor de R$ 130 mil cada, resultado do lucro do crime praticado (foto: PCMG/Divulgação )
 
 
Um dos investigadores da PC, Paulo Régis, revelou como funcionava o esquema. “O golpe consistia em anunciar bens, entre veículos (carros, motos e caminhões) e casas, em redes sociais e em sites especializados em venda. Essas vendas eram anunciadas de forma financiada. Quando a vítima chegava ao escritório, por meio de artifícios, eles a forçavam a contratar um consórcio, com a proposta de contemplação imediata e entrega do bem em até 15 dias.”

As investigações apontaram, ainda, que em outra ocasião, os dois suspeitos presos e uma gerente do grupo, já haviam sido detidos pelo mesmo crime, mas foram liberados em audiência de custódia mediante medida cautelar que proibia a continuação do negócio. No entanto, eles não só retornaram às atividades criminosas, como abriram dois outros escritórios, um na Avenida Cristiano Machado e outro no Barreiro.

“Não acredite em cartas contempladas com valores muito baixos. Essas cartas não existem. O consórcio é um investimento de longo prazo e você não consegue ter acesso rápido àquele bem material”, alerta o delegado Damiano.

Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de alto padrão que os proprietários adquiriram à vista, no valor de R$ 130 mil cada, resultado do lucro do crime praticado.




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