Mais um dia de problemas para o morador de Belo Horizonte devido às chuvas. Ontem, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil de Belo Horizonte voltou a bloquear a passagem de veículos na Avenida Tereza Cristina, entre as regiões do Barreiro e Oeste, por causa do risco de transbordamento do Ribeirão Arrudas e do Córrego Ferrugem. A limitação durou por volta de uma hora, entre as 19h as 20h. Ao menos duas árvores caíram, no Padre Eustáquio e no Centro. Semáforos desligados e ônibus lotados também marcaram o horário de pico.
Essa foi a terceira vez que a Defesa Civil fechou a via por causa das chuvas só nesta semana. A estratégia tem o objetivo de evitar que pessoas fiquem em risco em caso de enchentes nas avenidas que costumam registrar o problema, como a Vilarinho e a Cristiano Machado. Houve também alagamento na Via Expressa, nas proximidades do Bairro Coração Eucarístico, na Região Noroeste da cidade.
A BHTrans registrou queda de árvore na Rua Ingaí, no Bairro Padre Eustáquio, no Noroeste da cidade. Militares do Corpo de Bombeiros, agentes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e servidores da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) também estiveram no local. Problema parecido ocorreu na Avenida Afonso Pena, em frente ao Palácio das Artes. Duas faixas ficaram interditadas no sentido Centro.
Os problemas foram precedidos de alerta de risco de granizo emitido pela Defesa Civil durante a tarde. A partir das 17h40, o órgão registrou chuva forte (entre 2,6 e cinco milímetros) ou extremamente forte (acima de cinco) em todas as regiões da cidade.
A chuva castigou sobretudo a Regional da Pampulha, com volume de 69,4 milímetros, equivalente a 21,1% da média histórica de janeiro (cerca de 329mm), até as 20h. Por outro lado, as regiões Norte e Venda Nova computaram as menores quantias, respectivamente 16,2 e 16,8 mm.
Ao considerar o total acumulado nos sete primeiros dias de 2021, seis das nove regionais de BH já computaram ao menos a metade das chuvas esperadas para todo o mês de janeiro. No topo do ranking, a Centro-Sul registra 250,2mm, equivalentes a 76% da média histórica mensal.
Transporte público
A chuva não impediu só o ir e vir de veículos na Tereza Cristina, mas também prejudicou o usuário do transporte público. Na noite de ontem, coletivos lotados circularam na cidade em meio à pandemia da COVID-19. Raphael Domingues, de 30 anos, pegou ônibus da linha 5503B (Goiânia B/Centro-Hospitais) ainda vazio, mas assistiu com preocupação ao abarrotamento do veículo no Centro de BH, sobretudo na Avenida Amazonas, perto da Praça Sete. "Maior problema disso tudo é a pessoa que usa máscara na boca. Transporte lotado e a maioria das janelas fechadas, mas muita gente irresponsável. Questão de segurança não tem", afirmou à reportagem.
Problema no trânsito também aconteceu na Rua Peçanha com a Avenida Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Carlos Prates, Região Noroeste da capital mineira. Agentes da BHTrans estiveram no local e coordenaram o fluxo de veículos. Os semáforos estavam desligados devido a queda de energia.
O guarda-chuva vai continuar como melhor amigo do belo-horizontino hoje, conforme previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o órgão, umidade que vem da Amazônia e o calor do período da manhã e da tarde criam condições favoráveis para pancadas de chuva nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Em Minas, a precipitação deve acontecer principalmente na porção central do estado, mas também no Sul, Campo das Vertentes e na Zona da Mata. Em, BH deve fazer entre 20°C e 32°C hoje, segundo o Inmet.