A partir de segunda-feira (11/01), a Prefeitura de Belo Horizonte decretou que apenas os serviços essenciais poderão permanecer abertos para conter o avanço do coronavírus, decisão que gerou grande insatisfação por parte dos comerciantes. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou uma nota à imprensa, discordando da medida anunciada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD).
O presidente da Abrasel, Matheus Daniel, critica a falta de leitos para atender a população e diz que isso deveria ser papel da prefeitura para enfrentar a pandemia. "O prefeito Alexandre Kalil não deveria ter acreditado que a pandemia tinha acabado, os leitos deveriam ter sido mantidos, mobilizados e com os profissionais contratados. Foi irresponsabilidade da prefeitura dispensar os profissionais sem ter a certeza do fim da pandemia, e agora quer cobrar a conta de quem não é o culpado", diz o presidente em nota.
A associação ainda afirma que as fiscalizações são constantes apenas em algumas regiões, e considera que deveria ser constante em todos os locais da cidade para evitar aglomerações.
Desde 7 de dezembro, bares e restaurantes estão proibidos de vender bebidas alcoólicas. De acordo com a Abrasel, a prefeitura está lidando com a pandemia de forma errada, já que os índices não melhoraram e reclama da falta de diálogo entre a PBH e o setor produtivo.
"As pessoas continuam se aglomerando em locais que a fiscalização não tem acesso. Os bares e restaurantes que seguem os protocolos poderiam ser mantidos abertos. Nesses locais as pessoas se comportam adequadamente, pois ali há regras a serem seguidas. Os bares e restaurantes podem fazer parte da solução, os que seguem protocolos não são culpados”, finalizou o presidente, na nota.
Ainda hoje (08/01), manifestantes se reuniram na porta da Prefeitura de Belo Horizonteinsatisfeitos com o fechamento do comércio.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Daniel Seabra