Uma agente de 29 anos da Polícia Militar (PM) invadiu o apartamento de um de seus vizinhos e atirou contra ele na madrugada desta sexta-feira (8/1) em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a PM, a policial estava em surto psicótico. A vítima sobreviveu aos ferimentos e passa bem.
Porta-voz da corporação, a capitã Layla Brunnela informou que a militar entrou no condomínio onde mora, no Bairro Jardim das Alterosas, por volta das 2h40. Apavorada, ela parou o carro no meio das pistas de circulação do estacionamento. Testemunhas relataram que ela saiu gritando que estava sendo perseguida e chegou a bater na porta de alguns condôminos para pedir ajuda.
Armada, a policial subiu no telhado da área de um apartamento do primeiro andar e arrombou a porta dos fundos do imóvel com dois disparos. A residência pertence a um casal, que acordou assustado.
Vendo que a PM estava em estado alterado e fazia afirmações desconexas, um dos moradores, um homem de 33 anos, tentou acalmá-la. A militar, então, pediu que o proprietário abrisse a porta principal para que ela fosse embora. Na saída, porém, deu quatro tiros no morador, três nas nádegas e um na perna. Ele passou por cirurgia e seu quadro de saúde não é considerado grave.
'Exemplar'
A policial foi imobilizada por colegas e também foi encaminhada ao hospital, pois apresentava escoriações.
De acordo com a capitã Layla, a agente teve a arma recolhida e está sendo avaliada por psicólogos da corporação, que já sinalizaram a necessidade de acolhimento em hospital psiquiátrico.
Um inquérito administrativo será aberto para avaliar a exclusão da profissional dos quadros da PM, que é recém-formada e tem apenas três anos de carreira. Layla observou, contudo, que a jovem vai responder pelo crime na justiça comum, uma vez que estava de folga quando atacou o vizinho.
Um inquérito administrativo será aberto para avaliar a exclusão da profissional dos quadros da PM, que é recém-formada e tem apenas três anos de carreira. Layla observou, contudo, que a jovem vai responder pelo crime na justiça comum, uma vez que estava de folga quando atacou o vizinho.
A porta-voz ressaltou ainda que o comportamento da agente, até então, era tido como exemplar. Colegas dela relatam apenas que, nos últimos meses, ela apresentava sinais de depressão, pois teria sofrido perdas familiares.