No último dia de comércio não essencial aberto, antes da vigência do novo decreto municipal, o movimento foi intenso neste domingo (10/01) na Feira Hippie, tradicional ponto de compra e venda na Avenida Afonso Pena, no Centro da capital mineira.
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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, justificou nessa quarta-feira (06/01) que a decisão de fechar o comércio reflete o avanço dos indicadores da COVID-19 na capital. Mesmo com o alerta, vários estacionamentos do hipercentro ficaram lotados.
A reportagem do Estado de Minas flagrou aglomeração em barraca de sandálias e nas barracas do setor de artigos para gestantes e bebês, além de várias pessoas sem máscaras.
Daiane Pimentel chegou por volta das 8h na feira. Ela contou que o movimento ainda era tranquilo. "Foi por volta das 11h30 que a feira ficou lotada e eu voltei pra casa. Mas foi um dia muito proveitoso, comprei bastante coisa para minha filha", disse ela, que está grávida de seis meses. "Infelizmente, não sabemos quando ocorrerá o retorno da feira. Mas não tem outra opção. Os comerciantes estavam preocupados e fizeram diversas promoções", acrescentou.
A feira ficou cerca de seis meses sem autorização para funcionar. No dia 27 de setembro, a feira voltou com as novas normas: a feira ocupa um espaço maior, indo desde a Praça Sete, no quarteirão entre as ruas Carijós e Rio de Janeiro, até a Rua dos Guajajaras.
Os principais cuidados a serem observados incluem o uso obrigatório de máscara por todos os frequentadores, inclusive os feirantes; higienizar as mão dos visitantes todas as vezes que requisitarem uma mercadoria e a proibição dos provadores.
BH tem aumento de casos
Mesmo seguindo os protocolos, os números da COVID-19 subiram. São 68.213 casos confirmados em BH: 62.042 recuperados, 4.233 em acompanhamento e 1.938 mortos. O Executivo municipal computou 1.297 diagnósticos entre os dois últimos levantamentos. Os números foram divulgados nessa sexta-feira (08/01) e voltam a ser atualizados na segunda (11/01).
Expositores criticam
Na sexta-feira, o Estado de Minas mostrou como os feirantes receberam a notícia de fechamento. "O impacto (do fechamento) é grande. As vendas no interior e na loja (online) são pequenas. Estou na feira há mais de 30 anos e meu cliente já está fidelizado naquele espaço", disse Paulo de Freitas Rodrigues, proprietário da Patricia Freitas Calçados, na ocisão. A esposa Patricia, que dá nome à barraca, dá seu ponto de vista.
"O público da feira é de outro perfil. Ele não compra pela internet. A gente até divulga, mas tem pouca saída", lamenta. (Com informações de Gabriel Ronan)