As chuvas de verão que atingem a Região Sudeste do país pedem prevenção para evitar estragos. Em Belo Horizonte, a prefeitura decidiu esvaziar a Barragem Santa Lúcia, na Região Centro-Sul, para evitar alagamentos.
O esvaziamento foi feito no último fim de semana pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). De acordo com a pasta, o espelho d’água será restabelecido após o período chuvoso.
Ainda segundo o órgão, a lagoa estava em níveis normais. “A barragem tem sua funcionalidade de amortecer as cheias do Córrego Leitão, que segue seu curso sob a Avenida Prudente de Morais. O esvaziamento aumenta um pouco a capacidade de retenção da água, para o caso em eventos de chuva muito intensa”, informou a PBH.
A Região Centro-Sul tem sido a mais atingida pelas chuvas dos últimos dias. De acordo com a Defesa Civil municipal, somente em janeiro deste ano já choveu mais do que o esperado segundo a média climatológica. O local acumula 339,2 milímetros de água – a média é de 329,1 mm.
Acumulado de chuvas (mm) em janeiro até 13h30 do dia 11/01:
- Barreiro: 165,0 (50%)
- Centro-Sul: 339,2 (103%)
- Leste: 214,6 (65%)
- Nordeste: 257,4 (78%)
- Noroeste: 265,2 (81%)
- Norte: 164,0 (50%)
- Oeste: 261,8 (80%)
- Pampulha: 243,2 (74%)
- Venda Nova: 206,4 (63%)
(Média Climatológica JANEIRO 329,1 mm - Fonte: Defesa Civil de Belo Horizonte)
Moradores preocupados
Não é a primeira vez que os moradores do entorno da Barragem Santa Lúcia ficam apreensivos. A chuva torrencial em BH em janeiro do ano passado também preocupou os vizinhos.
Em junho de 2018, a barragem foi esvaziada para desassoreamento. A última intervenção dessa natureza havia sido finalizada em agosto de 2013.
Três meses depois, o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), visitou as obras e disse que a lagoa estava “preparada para não alagar mais”.
"Se vai alagar ou não, você vai ter que conversar com São Pedro e não comigo. Mas (a barragem) está preparada para não alagar. São 30 mil metros cúbicos retirados – o que corresponde a 5 mil caminhões de 6 metros cúbicos cada um. É uma obra importante pra evitar o que já aconteceu", pontuou Kalil na época.