Jornal Estado de Minas

APÓS OCORRÊNCIAS

Motoristas de apps se reúnem com o estado para ampliar segurança em viagens

Motoristas de aplicativo e autoridades do governo de Minas Gerais se reuniram, na tarde e noite desta segunda-feira (11/1), para discutir medidas de segurança durante o trabalho dessa categoria. O encontro aconteceu na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), na Rua da Bahia, em Belo Horizonte.





 

Segundo Warley Leite, do Clube dos Motoristas por Aplicativo, representantes dos três principais apps foram convocados para o encontro, mas Uber, Cabify e 99 Pop não marcaram presença. As duas primeiras, de acordo com o profissional, chegaram a confirmar o comparecimento de um funcionário, mas isso não aconteceu.

 

"A gente saiu (da reunião) com mais esperança, pelas ações que a Polícia Militar tem se disponibilizado a realizar para inibir as ações desses bandidos. Já, de pronto, estão sendo integrados 900 policiais, segundo o chefe do Estado Maior (coronel Eduardo Felisberto Alves), para atuar nos finais de semana", afirma Warley.

 

Em material divulgado à imprensa, o governo Romeu Zema (Novo) confirmou a agenda, mas não deu detalhes sobre o plano de ação para reforçar a segurança dos motoristas de aplicativo na Grande BH.





 

Porém, a reportagem apurou que operações serão montadas nos principais corredores de Belo Horizonte, sobretudo no período da madrugada.

 

Além disso, motoristas de aplicativo e policiais combinaram sinais e códigos para se comunicarem em caso de ameaça. Esse código de conduta, porém, não será detalhado nessa matéria por questões de segurança.

 

"Elas ajudam no sentido de inibição das ações violentas contra motoristas de aplicativo. Mas, os apps não colaboram nem com a polícia. Eles não divulgam os dados de quem chamou aquele veículo em questão", diz Warley Leite.

 

O secretário-geral de Estado, Mateus Simões, e o deputado Bartô (Novo) também participaram da reunião.

 

“Estabelecemos que os policiais que estão em treinamento venham somar nesse esforço de operações voltadas a garantir a segurança dos motoristas e dos usuários”, disse Mateus Simões à assessoria do governo.





 

A reportagem procurou as empresas Cabify, Uber e 99 Pop por e-mail, mas não houve retorno até essa publicação. O texto será atualizado caso as companhias se manifestem.

Ocorrências

No final da noite do dia 31, o motorista de aplicativo Anderson Coelho Alves, de 27 anos, foi assassinado. O corpo foi encontrado pela manhã do dia seguinte numa estrada de terra próximo a Vespasiano, na Grande BH.

 

O carro da vítima, um Fiat Palio, também foi encontrado, no Bairro Novo Horizonte, no mesmo município.

 

Já no último dia 4, um motorista de aplicativo foi vítima de ladrões também na Grande BH.





 

Dessa vez, o crime aconteceu durante a madrugada, no entanto, o condutor, um homem de 51 anos, escapou da morte ao saltar do veículo, ainda em movimento, no Bairro Nova Vista, em Sabará.

 

Já nessa sexta (8/1), um homem foi preso em flagrante enquanto roubava um motorista de aplicativo no Bairro Inácia de Carvalho, em São José da Lapa, novamente na Grande BH.

 

Os dois primeiros casos motivaram dois protestos da categoria: uma carreata entre o Bairro São Francisco, na Região da Pampulha, em BH, até o Centro da cidade; e outra na Cidade Administrativa, sede do governo estadual.

audima