Nas últimas semanas, algumas cidades mineiras foram alvo de tempestades. Com isso, o termo “tromba d'água" foi muito utilizado, mas em alguns casos de forma equivocada, pois o significado real difere do sentido popular em que a expressão tem sido aplicada.
Popularmente, o termo tromba d'água é usado pra definir uma chuva muito forte e restrita a determinada região. Mas, na verdade, o fenômeno se caracteriza por um tornado que se forma sobre uma superfície líquida e captura umidade.
O evento é muito comum na região dos mares, onde é possível ver a formação com maior nitidez: uma coluna giratória composta por grande quantidade de vapor e água, em nuvens espessas que se movem, formando um cone cuja base é voltada para o alto.
Para se caracterizar como tromba d'água, então, é preciso que o "redemoinho" esteja em contato com alguma superfície líquida (rio ou mar).
Popularmente, o termo tromba d'água é usado pra definir uma chuva muito forte e restrita a determinada região. Mas, na verdade, o fenômeno se caracteriza por um tornado que se forma sobre uma superfície líquida e captura umidade.
O evento é muito comum na região dos mares, onde é possível ver a formação com maior nitidez: uma coluna giratória composta por grande quantidade de vapor e água, em nuvens espessas que se movem, formando um cone cuja base é voltada para o alto.
Para se caracterizar como tromba d'água, então, é preciso que o "redemoinho" esteja em contato com alguma superfície líquida (rio ou mar).
“Existe um abuso de linguagem. Crescemos escutando o termo tromba d'água. Esse fenômeno só acontece quando o funil toca em uma superfície líquida, seja oceano, lago ou rio”, explica a meteorologista do Inmet Anete Fernandes.
Apesar da aparência assustadora, geralmente as trombas d'águas não causam tanta destruição. Em comparação com os tornados, suas rajadas de vento são mais amenas. Isso acontece porque a formação da espiral de ventos depende do aquecimento da superfície.
O grande risco para esse fenômeno é para as embarcações, já que a intensidade dos ventos pode tirar os barcos e navios de rota.
Segundo a meteorologista, o que aconteceu na cidade de Barbacena e em outros locais durante este mês de janeiro foi uma tempestade severa.
Tempestades severas
Segundo a meteorologista, o que aconteceu na cidade de Barbacena e em outros locais durante este mês de janeiro foi uma tempestade severa.
Ela explica que, para se caracterizar tempestade, a chuva precisa ser forte, em curto período de tempo (1h até 1h30), sempre com raios – pode também ter granizo.
“Quando falamos em tempestade severa é porque isso tudo foi potencializado. Você tem uma chuva muito forte, um vento muito forte ou granizo. Um bom exemplo são aqueles fenômenos que acontecem no Sul de Minas, que deixam algumas cidades todas ‘branquinhas’ parecendo neve. Aquilo é granizo e consequência de uma tempestade severa”, explica.
E a cabeça d’agua?
Também muito confundida com a tromba d'água, a cabeça d'água é um fenômeno meteorológico causado pelo aumento momentâneo do nível da água em rios.
Ele ocorre quando há uma grande quantidade de chuva em partes superiores de cachoeiras ou ao longo do curso d'água. Com isso, os banhistas são surpreendidos pela força d'água, que sobe rapidamente, principalmente no verão, quando as chuvas são mais fortes.
Ele ocorre quando há uma grande quantidade de chuva em partes superiores de cachoeiras ou ao longo do curso d'água. Com isso, os banhistas são surpreendidos pela força d'água, que sobe rapidamente, principalmente no verão, quando as chuvas são mais fortes.
Em 2 de janeiro de 2021, uma cabeça d'água em Capitólio, na Região Sul de Minas, provocou mortes e deixou pessoas ilhadas nos cânions da região de Furnas.
Bombeiros tiveram de resgatar banhistas no Rio Capivara.
Bombeiros tiveram de resgatar banhistas no Rio Capivara.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina