O clima é de desespero entre familiares dos mortos na queda do caminhão que despencou da BR-381 para o Rio Piracicaba, em João Monlevade, Região Central de Minas. O resgate dos corpos, que começou na manhã desta quinta-feira (14/1), é acompanhado por parentes de duas vítimas: Carlos Sebastião Félix e José Geraldo Anísio Leite.
“A esposa dele deu luz há quatro dias”, conta Alessandro Félix, irmão de Carlos. Ele veio acompanhar as buscas ao lado de outro irmão e de uma cunhada. Muito emocionados, eles relatam que o falecido tinha 37 anos e deixou dois filhos: o recém-nascido e uma criança de 8 anos.
Revoltado, Alessandro disse que inicialmente não houve um comunicado oficial da morte do irmão, empregado da JFS Mineradora, que viajava a trabalho com mais três colegas até a cidade de Rio Piracicaba, no Vale do Aço, no momento do acidente. “Foi no boca a boca”, comentou. A mineradora teria confirmado o desaparecimento do funcionário mais tarde. Carlos atuava como ajudante de motorista.
Tragédia
O caminhão caiu caiu no Rio Piracicaba, às margens da BR-381, na tarde de quarta-feira (13), matando quatro pessoas: Carlos Sebastião Félix, Herivelton Damasceno Cardoso, Marciano Carvalho Abreu e José Geraldo Anísio Leite. Eles eram funcionários da JFS Mineradora e, na ocasião da tragédia, se deslocavam para pavimentar uma rua. Os bombeiros suspeitam de que o motorista perdeu o controle do veículo, que acabou caindo no rio.
A operação de resgate dos trabalhos teve início na manhã desta quinta-feira (14/1) e mobiliza cinco mergulhadores.
O local do acidente é conhecido como "Ponte Torta" - o mesmo onde, em 4 de dezembro de 2020, ônibus despencou, matando 19 pessoas.