Com mais de 207 mil vidas perdidas para a COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua minimizando os impactos da doença. Internautas responsabilizam o “negacionismo” do chefe do executivo pelas mortes e por todo colapso na saúde pública. Por isso, no sábado, dia 23 de janeiro, Belo Horizonte será palco de uma carreata pedindo pelo impeachment do presidente. A concentração está prevista para 16h, na região do Mineirão, na Pampulha.
Um perfil criado no Twitter compartilhou as informações do movimento e criticou o governo. “Chega de negacionismo da pandemia! Chega de extremismo! Chega de glorificação do autoritarismo! Chega de irresponsabilidade e incompetência! Chegou a hora de nos mobilizarmos pelo impeachment do Bolsonaro! Pela saúde e pela vida dos brasileiros! Vacina Já!”, diz a mensagem.
Devido à pandemia, para evitar aglomeração e aumentar o contágio do vírus, a manifestação pelo impeachment será feita apenas de dentro dos veículos. “No sábado, 23 de janeiro, vá de carro, moto ou bicicleta às 16h no Mineirão para concentração. Sairemos às 17h pontualmente”, completou.
Câmara
Bolsonaro é o líder do executivo que mais recebeu pedidos de impeachment na história do Brasil. Até agora foram mais de 60 pedidos apresentados ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A lei que dá base para a maioria dos pedidos apresentados é a 1.079, de 1950, que discrimina os crimes de responsabilidade. Segundo a norma, se enquadram neste tipo de crime os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal e especialmente contra a existência da União, o livre exercício dos poderes, a segurança interna do país, o direito político dos indivíduos, a probidade administrativa, a lei orçamentária e o cumprimento das decisões judiciais.
Apesar das inúmeras críticas que Rodrigo Maia tem feito a Bolsonaro, segundo a Folha de São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados teria dito a aliados que não deve abrir nem arquivar nenhum pedido de impeachment. Ele alega que não há ambiente político, além de não querer dar espaço para acusações de oportunismo, já que em menos de um mês ele deixa o cargo.
O que diz Bolsonaro
Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro disse em uma live no seu Facebook nessa quinta-feira (14/01) que qualquer possibilidade dele sofrer um impeachment seria "politiqueira" e que no governo dele "não existe corrupção".
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira