Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, 100 mil seringas que serão utilizadas pelos postos de saúde na campanha de vacinação da COVID-19 chegaram nesta sexta-feira (17/01). Neste momento, segundo informações da prefeitura da cidade, equipe do setor de vacinação está empenhada na organização e distribuição do insumo.
Uberaba, assim como várias partes do país, passa por uma segunda onda da doença, sendo que entre o mês de dezembro do ano passado e meio de janeiro deste ano houve um crescimento de cerca de 100% nas internações nos hospitais da cidade e mortes causadas pela doença.
Durante grande parte de dezembro de 2020, a cidade registrou cerca de 20 a 30 novos casos do novo coronavírus por dia, mas em janeiro deste ano, foram registrados pela Secretária de Saúde aproximadamente 100 novos casos por dia.
Segundo o último boletim epidemiológico da doença, divulgado nesta sexta-feira (15), nas últimas 24h não houve mortes, mas a cidade confirmou mais 81 novos casos, chegando ao total de 11.195 casos; destes 10.343 estão recuperados. Desde o início da pandemia, 252 pessoas do município já perderam a vida para a COVID-19.
Com relação a ocupação de leitos de UTI pública, neste momento, está em 20% e a privada em 62%, o que representa ao todo 29 pessoas internadas em Uberaba. Já a ocupação de leitos de enfermaria pública está em 20% e privada em 26%, o que representa um total também de 29 pessoas internadas.
Segundo o analista em Auditoria, Regulação e Fiscalização da Secretária de Saúde de Uberaba, Irálio Ferreira Fedrigo, a cidade não vive um colapso hospitalar. “Durante o pico da doença, em 2020, houve momento em que a ocupação, tanto de UTI quanto de enfermaria, chegou a 49%. O que não é o caso, neste momento”, explicou.
Durante a última reunião do comitê de enfrentamento à doença, a professora e doutora em matemática Michelli Maldonado, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), disse que, apesar da alta no número de novos casos em Uberaba, no entanto, a cidade mantém a taxa de mortalidade e letalidade abaixo do índice brasileiro, sendo que os óbitos estão em situação de estabilidade neste momento.
“Há uma tendência de crescimento desses números desde o dia 31 de dezembro. Os dados nos mostram, hoje, com segurança, que estamos na segunda onda da doença”, disse.