Enquanto Belo Horizonte tenta conter o avanço da COVID-19 com bares e restaurantes fechados, Lagoa Santa vive uma explosão de visitantes nos finais de semana. Na noite desse sábado (16/1), O Estado de Minas flagrou bares da Orla da Lagoa Central cheios, com aglomeração na entrada, pessoas, na sua maioria jovens, sem máscaras e fila de espera nos estabelecimentos.
Para evitar aglomerações em pleno momento de crescimento do número de casos do coronavírus, a prefeitura de Lagoa Santa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, publicou decreto na quinta-feira (14/1) proibindo por 30 dias o funcionamento de casas de shows, boates e qualquer lugar que tenha apresentação de música ao vivo, em telão ou DJ’s.
Enquanto BH fecha os bares, final de semana é agitado em Lagoa Santahttps://t.co/IrTlL1t54F pic.twitter.com/ub5zcctm0m
%u2014 Estado de Minas (@em_com) January 17, 2021
Por outro lado, o comércio segue liberado para funcionar. De acordo com o secretário de saúde de Lagoa Santa, Gilson Urbano, a medida foi tomada após receber diversas denúncias de que vários estabelecimentos da cidade não estavam cumprindo as normas estabelecidas nos decretos anteriores. “Houve por parte da população, do meio empresarial que estava seguindo as normas e da imprensa, denúncias de excessos cometidos por donos e frequentadores, provocando aglomerações e posteriormente colocando em risco a saúde da população e por isso decidimos suspender essas atividades por 30 dias.
Protocolos
Nos bares da cidade, os frequentadores só poderão permanecer sentados e os donos deverão afixar cartazes na entrada avisando a nova regra e também o número máximo de pessoas que poderão entrar nos locais. O horário de funcionamento será até as 23h e as portas dos bares deverão estar fechadas até 0h. Ainda segundo o Decreto, as regras valem tanto para pessoas físicas como para os donos de estabelecimentos e o descumprimento caberá multas no local no ato de fiscalização dos órgão da prefeitura. O Fiscal poderá acionar a Polícia Militar (PM) e aguardar a lavratura do boletim de ocorrência, (BO). “O atual momento da pandemia exige tomar medidas mais enérgicas em relação àquelas atividades que têm causado aglomeração”, afirma o secretário.
Aumento de casos
Ainda segundo Gilson Urbano, as aglomerações e festividades causaram um aumento de casos na cidade e de ocupação de leitos tanto na enfermaria quanto na UTI. De acordo com o boletim epidemiológico desse sábado(16/01), a cidade mineira registrou mais um óbito e contabiliza 24 mortes por COVID-19 desde o início da pandemia.
Além disso, só nos primeiros 14 dias do ano foram 296 novos casos registrados, com total de 1846 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. 10 pessoas estão hospitalizadas e 156 pessoas em isolamento domiciliar. Segundo o secretário de saúde, Lagoa Santa tem leitos de UTI que atendem a região e 80% dos leitos de UTI estão ocupados e os de enfermaria estão com 70% de ocupação. “Precisamos manter a estabilidades dos serviços de saúde na cidade. O aumento das taxas de leitos nesse momento reflete que medidas devem ser mais reforçadas. A população tem que entender que a pandemia não acabou e durante esses 30 dias, caso não haja uma redução dos números, nós vamos adotar um prazo muito maior” De acordo com o decreto, as denúncias referentes ao descumprimento das medidas impostas poderão ser apresentadas à Coordenação de Fiscalização por meio do telefone: (31) 3688-1487 e por email: fiscalização@lagoasanta.mg.gov.br.