Após a aprovação do uso emergencial de vacinas contra a COVID-19, estados e municípios olham com atenção a distribuição das doses, que será feita pelo Ministério da Saúde. O repasse está previsto para começar às 7h desta segunda (18/01), no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Em Belo Horizonte, a ideia é iniciar a imunização na quarta (20), como prevê o plano federal. Para isso, contudo, as doses destinadas à cidade precisam chegar a tempo.
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A equipe do prefeito Alexandre Kalil (PSD) estima 24 horas como prazo necessário entre a chegada das vacinas a Minas e o início das aplicações. A ideia é que as doses sejam distribuídas às unidades públicas e privadas de saúde. A partir daí, as chefias se organizariam, internamente, para vacinar suas equipes.
Os profissionais de saúde, vale lembrar, estão contemplados na fase prioritária do plano de imunização construído pela saúde federal. Além deles, há indígenas e idosos residentes em casas de repouso. Cobrir todos os grupos tidos como essenciais neste momento, contudo, vai depender da quantidade de doses recebida pela cidade. A quantia encaminhada a cada localidade será definida pela saúde estadual.
BH aposta em prestação de contas ágil
As doses emergenciais serão encaminhadas em lotes. Para receber novas vacinas, as localidades precisarão prestar contas sobre como os imunizantes anteriores foram gastos.
A Prefeitura de Belo Horizonte treinou servidores para relatar os trabalhos e comprovar que as injeções foram ministradas, efetivamente, em cidadãos que compõem os grupos prioritários.
Interlocutores ligados ao Executivo municipal creem que a prestação de contas pode ser um diferencial de Belo Horizonte. Dar agilidade ao processo deve ajudar a cidade a conseguir mais doses, diminuindo intervalos entre as remessas.
Embora a vacinação nos municípios dependa da logística federal e, posteriormente, das diretrizes estaduais, a reportagem enviou uma série de questionamentos à Secretaria Municipal de Saúde. O Estado de Minas buscava saber, entre outras coisas, se Belo Horizonte estima quantas doses deve receber do governo mineiro.
Sem informar a quantidade de doses, a pasta informou apenas que aguarda o recebimento dos imunizantes para colocar o plano de imunização em prática. A secretaria reforçou que pretende utilizar toda a estrutura já existente na rede SUS-BH, como as salas de vacinação dos 152 centros de saúde, além de parcerias com instituições públicas e filantrópicas. Equipes devem vacinar acamados e moradores de asilos e afins de forma domiciliar.
A secretaria também reforçou que a capital conta com um estoque de cerca de 2 milhões de seringas para atender as primeiras fases da campanha de vacinação.