Primeira pessoa a ser vacinada contra o novo coronavírus em Minas Gerais, a técnica em enfermagem Maria Bom Sucesso, de 57 anos, disse que a Coronavac é uma "luz no fim do túnel" para os brasileiros. Ela afirmou viver um "momento triunfal" após ser a primeira imunizada.
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Assim como o governador Romeu Zema (Novo), a técnica em enfermagem pediu para que a população não vacile com a chegada da vacina.
"Eu peço à população: vacinem-se. Mas, por favor, eu imploro: não deixem de usar máscara, álcool gel e lavar as mãos. Isso ainda vai ficar conosco alguns anos, mas vai passar", disse.
Os vacinados
Cinco pessoas, todas lotadas no Hospital Eduardo de Menezes, no Barreiro, em BH, foram vacinadas na cerimônia no aeroporto. A primeira vacinada foi Maria Bom Sucesso, de 57 anos, técnica de enfermagem.
Também receberam o imunizante o técnico em enfermagem Thiago Libério Santana Medina, de 39 anos; a enfermeira do CTI Adileia Pereira de Jesus Cardoso, de 52; o fisioterapeuta Moisés Alves Senra, de 39; e a coordenadora do CTI do mesmo hospital, Teresa Gamarano Barros, 37.
A chegada
As vacinas chegaram em Minas por volta das 20h desta segunda. O Airbus A330neo da Azul Linhas Aéreas, o maior da empresa, veio do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e pousou no Aeroporto Internacional de Confins, na Grande BH.
No total, o estado recebeu 577 mil doses da Coronavac, segundo números do Ministério da Saúde. Essa quantidade só não é maior que a recebida pelo estado governador por João Doria (PSDB).
O plano nacional prevê a vacinação, inicialmente, de três grupos de pessoas: trabalhadores da saúde; população indígena que vive em terras indígenas; e a população institucionalizada (deficientes e idosos).
Em Minas, conforme o Ministério da Saúde, são 38.578 idosos em instituições públicas; 1.160 deficientes nas mesmas casas de apoio; 7.878 índios; e 227.472 servidores da saúde, o que representa 34% da categoria.
Porém, em Belo Horizonte, a prefeitura anunciou nesta segunda que vai priorizar apenas os profissionais de saúde.
Isso vale para os servidores que atuam em todas as unidades de terapia intensiva, os que trabalham nas enfermarias para COVID-19, os lotados nas UPAs e no Samu e aqueles voltados ao pronto-atendimento dos hospitais.
As doses serão estocadas na Rede Estadual de Frio, no Bairro Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte. De lá, seguem para as 28 unidades regionais de saúde do estado.
Depois, cada prefeitura precisa se deslocar à unidade a qual pertence para retirar os imunizantes. Esse protocolo é idêntico ao que acontece com outras vacinas que fazem parte das campanhas nacionais.
Responsáveis técnicos vão viajar junto com os transportadores para garantir a segurança das vacinas.