Os voluntários do grupo placebo dos testes da CoronaVac em Minas Gerais - iniciados em 31 de julho do ano passado - devem receber as doses da vacina em breve. O início dos trâmites de vacinação depende da autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e do Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (Coep), esperada para esta quarta-feira (20/1).
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Isso não significa, no entanto, que essas pessoas estão incluídas no grupo prioritário da campanha de vacinação contra a COVID-19, iniciada nessa terça-feira (18/1) no estado.
O coordenador do ensaio clínico, professor Mauro Teixeira, explica que os voluntários serão convidados a receber as doses enviadas pela Sinovac ainda em meados de 2020, destinadas à realização dos testes.
Isso não significa, no entanto, que essas pessoas estão incluídas no grupo prioritário da campanha de vacinação contra a COVID-19, iniciada nessa terça-feira (18/1) no estado.
O coordenador do ensaio clínico, professor Mauro Teixeira, explica que os voluntários serão convidados a receber as doses enviadas pela Sinovac ainda em meados de 2020, destinadas à realização dos testes.
"É importante deixar claro que isso não tem nada a ver com a campanha de vacinação. Ninguém vai passar na frente de ninguém. Os participantes do grupo do placebo têm prioridade para receber as doses que nós já temos aqui na UFMG. Claro: parte deles já faz parte do grupo prioritário da campanha. Eles são profissionais de saúde, muitos têm direito a participar da vacinação nacional nessa primeira fase. Nesses casos, ficará a critério de cada um decidir se vai se imunizar conosco ou na campanha”, esclarece o especialista.
'Quebra do cego'
De acordo com Teixeira, o ensaio clínico contou com a participação de, aproximadamente, 1.050 pessoas, cujo perfil é majoritairamente de profissionais de saúde com registro ativo, que atuam na linha de frente da pandemia, sem histórico de comorbidades ou uso contínuo de medicamentos, com idade entre 18 e 59 anos. Metade desse pessoal tomou a substância inócua. A identificação dos grupos, no entanto, ainda não foi feita, pois depende da autorização do Conep e do Coep/FMG.Liberada a permissão, os pesquisadores passam então à chamada “quebra do cego”, ou seja: revelação de quem tomou o placebo e de quem tomou a vacina, o que também requer autorização individual de cada um dos participantes. “Não temos a data exata de quando a vacinação vai começar, mas o caminho é esse”, ressalta Mauro Teixeira.
O coordenador diz que os estudos devem continuar por, pelo menos, mais um ano. “A aprovação emergencial da CoronaVac pela Anvisa não encerra os estudos. Ainda há muitas perguntas sem resposta. Por exemplo, por quanto tempo dura a imunização produzida pela vacina. Por isso, permaneceremos acompanhando os voluntários”.