(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ENTENDA

CoronaVac: 'Grupo placebo' dos testes em MG deve ser vacinado em breve

Segundo a UFMG, esses voluntários não estão, necessariamente, incluídos na 1ª fase da campanha em MG e serão convidados a receber as doses reservadas ao estudo


19/01/2021 10:25 - atualizado 19/01/2021 13:38

Voluntários não 'passam na frente' do grupo prioritário da primeira fase da campanha. A ideia é que eles recebam as doses já separadas para os testes (foto: ADEM ALTAN / AFP )
Voluntários não 'passam na frente' do grupo prioritário da primeira fase da campanha. A ideia é que eles recebam as doses já separadas para os testes (foto: ADEM ALTAN / AFP )
Os voluntários do grupo placebo dos testes da CoronaVac em Minas Gerais - iniciados em 31 de julho do ano passado - devem receber as doses da vacina em breve. O início dos trâmites de vacinação depende da autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e do Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG (Coep), esperada para esta quarta-feira (20/1). 

Grupo “placebo” é o nome dado pelos cientistas aos voluntários de um experimento que recebem substâncias sem efeitos no organismo. A eficácia da vacina, seu grau de segurança, entre outros dados são obtidos por meio da comparação dos indivíduos dessa categoria com aqueles que, efetivamente, receberam o imunizante. Somente ao fim do estudo, tanto o paciente quanto os pesquisadores ficam sabendo quem tomou cada um dos compostos.

Segundo a UFMG, que conduziu os experimentos em Minas Gerais, o termo de consentimento assinado pelos participantes prevê que aqueles que tomaram o placebo têm prioridade na oferta da dose verdadeira.

Isso não significa, no entanto, que essas pessoas estão incluídas no grupo prioritário da campanha de vacinação contra a COVID-19, iniciada nessa terça-feira (18/1) no estado.

O coordenador do ensaio clínico, professor Mauro Teixeira, explica que os voluntários serão convidados a receber as doses enviadas pela Sinovac ainda em meados de 2020, destinadas à realização dos testes. 

"É importante deixar claro que isso não tem nada a ver com a campanha de vacinação. Ninguém vai passar na frente de ninguém. Os participantes do grupo do placebo têm prioridade para receber as doses que nós já temos aqui na UFMG. Claro: parte deles já faz parte do grupo prioritário da campanha. Eles são profissionais de saúde, muitos têm direito a participar da vacinação nacional nessa primeira fase. Nesses casos, ficará a critério de cada um decidir se vai se imunizar conosco ou na campanha”, esclarece o especialista. 

'Quebra do cego'

De acordo com Teixeira, o ensaio clínico contou com a participação de, aproximadamente, 1.050 pessoas, cujo perfil é majoritairamente de profissionais de saúde com registro ativo, que atuam na linha de frente da pandemia, sem histórico de comorbidades ou uso contínuo de medicamentos, com idade entre 18 e 59 anos. Metade desse pessoal tomou a substância inócua. A identificação dos grupos, no entanto, ainda não foi feita, pois depende da autorização do Conep e do Coep/FMG. 

Liberada a permissão, os pesquisadores passam então à chamada “quebra do cego”, ou seja: revelação de quem tomou o placebo e de quem tomou a vacina, o que também requer autorização individual de cada um dos participantes. “Não temos a data exata de quando a vacinação vai começar, mas o caminho é esse”, ressalta Mauro Teixeira. 

O coordenador diz que os estudos devem continuar por, pelo menos, mais um ano. “A aprovação emergencial da CoronaVac pela Anvisa não encerra os estudos. Ainda há muitas perguntas sem resposta. Por exemplo, por quanto tempo dura a imunização produzida pela vacina. Por isso, permaneceremos acompanhando os voluntários”. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)