Jornal Estado de Minas

LESTE DE MINAS

Imigrante valadarense é condenado a 45 anos de prisão nos Estados Unidos

A condenação do imigrante valadarense Emerson Jaques Figueiredo a 45 anos de prisão, nos Estados Unidos, causou perplexidade em seus amigos e nos amigos de Nathália da Paixão, com quem ele era casado. Emerson matou Nathália com golpes de faca, na frente dos filhos, em 28 de julho de 2019, na cidade de Concord, no estado de New Hampshire.





“Nunca entendemos por que ele matou a Nathália. Eles viviam muito bem e ele fazia tudo por ela. Não entendemos nada, nem o crime, nem a condenação, ainda estamos abalados com tudo”, disse uma amiga próxima do casal, que mora em Concord, frequentava a mesma igreja que eles e prefere não se identificar – assim como a maioria dos imigrantes quando fala com a imprensa.

Nathália, segundo sua amiga de Concord, tinha 35 anos e estava linda na época em que foi assassinada. “Ela fez uma cirurgia plástica e estava ainda mais bonita”, disse, lembrando que Emerson, de 42, tinha muito ciúme da mulher.

Mas não arrisca em associar o crime ao ciúme. “Meu marido foi visitar o Emerson na prisão. Ele estava abatido e arrependido. Disse que matou a Nathália porque ‘perdeu a cabeça’ e não sabe dizer por que matou”, disse a amiga.



Crueldade 


O crime aconteceu em 28 de julho de 2019. Nathália foi espancada por Emerson, que usou um sapato de salto, que pertencia à mulher, no ataque de fúria.

Os filhos do casal, um garoto de 11 anos e uma garota de 13 (idades atuais), tentaram desesperadamente impedir que o pai atacasse a mãe.

Depois de bater, Emerson se armou com uma faca e aplicou vários golpes em Nathália. Tudo sob os olhares dos filhos.

A crueldade com a qual o crime foi praticado e a confissão de autoria às autoridades norte-americanas não deixaram dúvidas ao juiz, que proferiu uma sentença dura, os 45 anos de prisão, durante audiência na semana passada.

Em Governador Valadares, onde o casal morou alguns anos antes de emigrar para os Estados Unidos, muitos amigos também ficaram perplexos com o crime e com a condenação, afinal, a maioria diz que os dois eram “gente boa demais” e não conseguem entender o que aconteceu de fato.

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