Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) recebeu na tarde desta terça-feira (19/1) 158 doses da vacina contra a COVID-19, a CoronaVac, do Instituto Butantan, de São Paulo. Um ato simbólico foi realizado e uma técnica de enfermagem foi imunizada e deu início às demais vacinações no município.
A primeira vacinada foi Luiza de Marillac Mariano Calado, de 60 anos. Ela trabalha na Prefeitura Municipal de Caeté há 18 anos. Já atuou na Santa Casa, maternidade, Policlínica, Sala de Vacinas e na atenção aos aposentados, no PAPI.
"Representa toda a comunidade de Saúde por ser hoje uma das profissionais da Prefeitura que há mais tempo dedica seu conhecimento e amor ao cuidado com o paciente. Durante todos esses meses de pandemia, mesmo tendo 60 anos, atuou na linha de frente de combate na Estratégia de Saúde da Família. Merece o nosso respeito e a nossa admiração", diz nota da prefeitura de Caeté.
Por meio da assessoria de comunicação, informou também, que somente entre os profissionais da área da Saúde da rede pública e privada de Caeté, seriam necessárias mil doses, sem contar as 110 pessoas no Lar dos Idosos. As doses recebidas correspondem a 15% do necessário para abranger o primeiro grupo prioritário.
Segundo o secretário de Saúde de Caeté, Alisson Marques, as doses não atenderam a expectativa e foram recebidas com um misto de esperança e tristeza. “Infelizmente o governo do estado mandou somente 158 doses, que não vai dar para vacinar nem os residentes e profissionais do Lar dos Idosos, que dirá nossos trabalhadores da saúde”, lamenta. Ele tinha esperança de poder começar a vacinar grande parte da população neste primeiro lote.
“Sabemos da limitação do Estado. O problema é que fizeram uma propaganda muito grande e iludiram a população, mas não falaram que seria essa quantidade mínima para algumas cidades. Ao mesmo tempo que tivemos a sensação de alívio e esperança com a chegada das doses veio um desânimo e tristeza por não poder vacinar todas as pessoas necessárias. Pior é ter que selecionar quais serão os profissionais da saúde que estão na linha de frente a receber a vacina”, ressalta o secretário.
Um dos critérios para a escolha de quem receberá a vacina já foi decido. Segundo o secretário, o profissional de saúde que testou positivo para COVID a pouco tempo não tem a necessidade de ser vacinado agora, neste momento.