O boletim epidemiológico e assistencial da Prefeitura de BH desta terça (19/01) traz o terceiro maior registro de mortes por COVID-19 na pandemia: 45 óbitos. Com esses, a capital mineira chega a 2.087 vidas perdidas para a infecção causada pelo novo coronavírus.
Desde 29 de março, quando BH registrou sua primeira morte, o maior salto de vidas perdidas pela virose aconteceu em 4 de agosto do ano passado: 53. Naquele mesmo mês, a prefeitura registrou 50 óbitos no dia 14.
O terceiro maior salto de mortes acontece justamente um dia depois de BH atestar o menor aumento de 2021. Apenas cinco óbitos pela doença foram incluídos no balanço dessa segunda (18/01).
Contudo, vale lembrar que esses óbitos não aconteceram necessariamente nas últimas 24 horas. Isso porque as autoridades de saúde levam alguns dias para confirmar se uma morte ocorreu ou não em decorrência do vírus.
Além disso, o balanço desta terça traz uma adição de 1.520 casos da doença. Portanto, BH cataloga 78.822 diagnósticos: 6.010 pessoas que ainda apresentam sintomas da doença e 70.725 recuperados, além dos 2.087 mortos.
Indicadores
Principal preocupação da prefeitura, a taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com a COVID-19 aumentou em BH: de 82,9% para 84,3%. Com isso, o indicador se mantém na zona crítica da escala de risco, acima dos 70%.
Por outro lado, a taxa de uso das enfermarias e o número médio de transmissão do vírus por infectado caíram. Esse primeiro parâmetro sofreu queda de 68,5% para 65,8%. Já o fator RT de 1,07 para 1,05.
Ainda assim, as duas estatísticas permanecem na zona de alerta da escala de risco.
Perfil das vítimas
No levantamento por regionais, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 285, 28 a mais a Região Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (253), Leste (234), Barreiro (229), Venda Nova (224), Centro-Sul (225), Pampulha (199) e Norte (181).
No total, 1.156 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 931.
A faixa-etária mais atingida pela COVID-19 são os idosos: 83,3% (1.740 no total).
Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,4% (301). Há, ainda, 45 óbitos entre 20 e 39 anos (2,2%) e um de menor de idade (0,1%).
Além disso, 97,5% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.
Em BH, 53 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 43 homens e 10 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.
Público-alvo da primeira etapa de vacinação em BH, os profissionais de saúde somam 1.844 testes positivos para a COVID-19. No total, a prefeitura testou 10.808 servidores da área, com 8.809 exames negativos e 155 ainda em investigação.