Deflagrada na manhã desta quarta-feira (20/1), pela Polícia Civil de Montes Claros, no Norte de Minas, a Operação Desmanche, que investiga esquema criminoso de receptação, adulteração e venda ilegal de veículos e de peças automotivas.
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão. O golpe, segundo estima a polícia, rendeu mais de R$ 1 milhão aos golpistas.
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Durante as buscas em um sítio de um dos suspeitos, foram apreendidas duas armas de fogo e munições. Nos galpões e oficinas usados por eles, foram encontrados três caminhões com sinais identificadores adulterados e chassis implantados, além de um sem identificação.
A delegada diz que os veículos localizados são provenientes de crimes praticados pelo grupo. Um dos caminhões foi furtado em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, em novembro.
Além disso, foram apreendidas telas de aço soldadas e nervuradas. A carga foi reconhecida pela vítima, que estava em um caminhão furtado em Paracatu, Noroeste de Minas, em dezembro do ano passado.
Os policiais encontraram ainda vários chassis, placas de veículos, inclusive placas virgens (sem numeração), tacógrafos, plaquetas e documentos de veículos diversos, telefones, cheques e R$ 1,2 mil em dinheiro.
Na residência de um deles, foram apreendidos dois veículos que estavam em nome de terceiros.
Os presos têm várias passagens pela polícia, em diversos crimes. A ficha do suspeito de 39 anos, por exemplo, conta com 50 páginas.
Esquema resultou em vida luxuosa
A delegacia explica, ainda, que com o desmanche dos caminhões, as peças eram vendidas em separado a lojas de autopeças, e o fruto dessa venda teria sido convertido na compra de carros, casas e sítios pelos integrantes do grupo, que levavam uma uma vida luxuosa em Montes Claros.
A delegada está pedindo o bloqueio judicial dos imóveis adquiridos pelos investigados.
Um caseiro do sítio onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva nesta quarta, para surpresa dos policiais, tem mandado de prisão em aberto por roubo e também foi preso.