“Até o momento, não foi localizado registro de ocorrência. A Polícia Civil informa que, por se tratar de ameaça, a vítima precisa fazer a representação na delegacia de polícia”.
A informação é da assessoria de imprensa da Polícia Civil sobre um vídeo que circula nas redes sociais, em que um homem, que mostra seu rosto, faz ameaças, não só a Sergio Nonato, mas também a Itair Machado, Wagner Pires, Vitório Galinari, Alexandre garcia e ao atual presidente do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues.
No vídeo, o homem diz que o que aconteceu com o carro de Sérgio Nonato, o Serginho, na manhã de terça-feira (19/1), na Rua Célio de Castro, no Bairro Colégio Batista, em BH, é apenas o "início da reação da torcida" contra o prejuízo que eles causaram ao clube do coração.
“Pandemia Cruzeiro continua na Série B” seria o nome da reação. E lá, a promessa de que “esses vagabundos não vão passar incólumes”.
Na terça-feira, o sistema de câmeras da Rua Célio de Castro, no Bairro Colégio Batista, foi determinante para que a Polícia Militar conseguisse identificar e prender três dos quatro homens que apedrejaram o carro de Sérgio Nonato, o Serginho, ex-dirigente do Cruzeiro.
O caso foi registrado na Delegacia de Plantão da Polícia Civil, na Lagoinha, onde o depoimento dos agressores identificados foi colhido.
Nesta quarta-feira (20/10, Sérgio Nonato disse que estava bem, em sua casa, em Belo Horizonte, junto com a família. “Está tudo tranquilo, graças a Deus”, foram as únicas palavras que pronunciou. Serginho está sendo acompanhado por um advogado.
Também nesta quarta-feira chegaram informações de que Itair Machado teria sido visto embarcando no Aeroporto de Confins. Informações dão conta também que Wagner Pires estaria preparando a sua saída de Belo Horizonte.
Condenação
Sérgio Nonato está entre os ex-dirigentes do Cruzeiro que são investigados pela Polícia Civil e pela Justiça por crimes praticados contra o patrimônio do clube, na gestão do presidente Wagner Pires, outro indiciado. O outro investigado é Itair Machado, que era vice-presidente de futebol. Serginho exercia as funções de diretor geral e diretor de comunicação.
As investigações já duram mais de um ano e os três dirigentes foram indiciados por apropriação indébita, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Quatro empresários de jogadores de futebol também estão envolvidos.
O processo está em andamento na Justiça e, na última semana, o Ministério Público indicou a condenação dos ex-dirigentes, e fincou uma indenização de cerca de R$ 6,5 milhões. No entanto, esse valor ainda pode ser acrescido mediante o surgimento de novas provas de desvios que tenham sido praticados por eles.