Jornal Estado de Minas

COVID-19

Lojistas de BH estão otimistas com a reabertura na semana que vem


O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), se reuniu com representantes do comércio ontem, na sede do Executivo municipal. A expectativa gerada na reunião é de que as atividades comerciais sejam retomadas na próxima semana. Nova reunião está marcada para a próxima semana e a expectativa é de que haja o anúncio da flexibilização, com funcionamento intercalado do comércio, abrindo três dias e fechando quatro. "A conversa foi animadora. Os leitos foram aumentados pela prefeitura. Saímos muito satisfeitos com essa posição. Não viemos cobrar, viemos propor e ajudar", disse Nadim Donato, presidente do Sindilojas.





O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindibares), Paulo César Pedrosa, também disse que sai satisfeito do encontro. “No dia em que autorizar lojistas, vão abrir bares e restaurantes. Se vai autorizar bebidas alcoólicas, aí o comitê decide”, explicou Pedrosa. “Saímos daqui otimistas, acredito que semana que vem teremos boa notícia de abertura. Esperança de que o anúncio saia na quinta-feira”, completou.

O presidente da Associação Empresarial e Comercial de Minas (ACMinas), José Anchieta da Silva, também esteve presente e disse ter pedido paciência aos empresários e revelou a preocupação de Kalil com a falta de vacinas na capital mineira. Ele apontou a inquietação de Kalil com a possibilidade de falta de vacina na capital. “O prefeito nos passou a preocupação de que não há mais vacinas a caminho da prefeitura. É preciso que novos estoques sejam liberados. As vacinas que vieram já foram aplicadas e não há estoque. Isso é grave”, afirmou Anchieta.

“Pedimos um pouco mais de paciência aos empresários. Todos nós queremos abertura com segurança. A abertura já está no caminho”, disse o presidente da ACMinas.

Outro pedido discutido foram redução e isenção de impostos e taxas municipais. Kalil informou que a prefeitura tem feito estudos para rever a maioria das taxas. Segundo Pedrosa, Belo Horizonte está próxima de chegar a 2 mil empresas que encerraram as atividades por causa dos prejuízos causados com a pandemia do novo coronavírus. “O prefeito está estudando reduzir taxas de engenho e publicidade, de fiscalização e funcionamento. Isso deve ajudar”, informou.





Supermercados, farmácias, postos de gasolina, padarias e sacolões, entre outros, estão no rol de atividades autorizadas a abrir as portas desde 11 de janeiro. Kalil justificou o fechamento do comércio não essencial ao dizer que a COVID-19 “chegou no limite” em BH.

Em ação movida pelo deputado estadual Bruno Engler (PRTB), o decreto da PBH que fecha o comércio não essencial na capital mineira em virtude da expansão do coronavírus foi derrubado. A ação foi acatada pelo juiz Wauner Batista Ferreira Machado, da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal, que derminou a reabertura do comércio a partir de 29 de janeiro. A PBH informou que recorreu da decisão.

O presidente da ACMinas disse que não concorda com a ação movida pelo deputado. “A ideia da judicialização é a pior de todas. De fato, quem deve resolver são os empresários e a autoridade executiva”, disse José Anchieta.





Na semana passada, a ACMinas já havia se reunido com representantes da prefeitura e se dispôs a oferecer leitos gratuitamente para a Secretaria Municipal de Saúde. A PBH informou que a limitação para ativação de leitos no momento não é financeira e, sim, da disponibilidade de profissionais de saúde para trabalharem na linha de frente.


Mortes


Em BH, segundo a prefeitura, 2.087 vidas já foram perdidas para a infecção causada pelo novo coronavírus. São 78.822 casos positivos: 6.010 pessoas ainda apresentam sintomas da doença e 70.725 recuperadas. Principal preocupação da prefeitura, a taxa de ocupação dos leitos de UTI para pacientes com a COVID-19 aumentou em BH: de 82,9% para 84,3%, também divulgado nessa terça. Com isso, o indicador se mantém na zona crítica da escala de risco, acima dos 70%.

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.



Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 



Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

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