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Estado de Minas COVID-19

Vacina: 'Estamos bem', diz secretário de MG, onde doses são insuficientes

Chefe da pasta da Saúde, Carlos Eduardo Amaral, reafirma confiança no Plano Nacional de Imunização apesar da falta de prazos e dos tropeços de Pazuello


21/01/2021 10:27 - atualizado 21/01/2021 15:51

'Estamos muito bem direcionados', afirmou Carlos Eduardo Amaral, sobre Plano Nacional de Imunização, ao inaugurar leitos no Hospital Júlia Kubitschek(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
'Estamos muito bem direcionados', afirmou Carlos Eduardo Amaral, sobre Plano Nacional de Imunização, ao inaugurar leitos no Hospital Júlia Kubitschek (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Questionado sobre o andamento da vacinação contra COVID-19 em Minas Gerais - onde as doses da CoronaVac entregues até o momento pelo Ministério da Saúde não serão suficientes para vacinar o público da primeira fase da campanha -  o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, reafirmou a confiança do estado no Plano Nacional de Imunização. Sobretudo no que chamou de “logística robusta” do planejamento.

“Para vocês terem ideia da magnitude disso, quando a gente ouve 'Ah, o Brasil não está bem, são poucas doses', no mundo inteiro, até o momento, foram vacinadas 17 milhões de pessoas. E, no Brasil, até segunda-feira ou terça, no máximo, nós teremos três milhões de pessoas vacinadas. Então isso mostra que o nosso programa nacional de imunização é muito robusto, muito estruturado, que fez chegar em todo país a vacina. Então, nesse contexto, eu acho que estamos bem”, comentou o secretário nesta quinta-feira (21/1), no Hospital Júlia Kubistchek. 

Ele esteve esta manhã na unidade, que pertence à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), para inaugurar 40 leitos de CTI

Amaral também parece apostar no anúncio do governo federal de que há 350 milhões de doses garantidas para o país em 2021, a despeito da falta de prazos do planejamento ou dos tropeços da União na negociação dos produtos com laboratórios e autoridades internacionais. Mencionou, porém, uma reunião de secretários estaduais de saúde com a Anvisa marcada para hoje, na qual as campanhas de vacinação locais devem entrar em pauta.

“Nesse momento, os secretários estaduais de Saúde estão em reunião com a Anvisa, acabando aqui eu vou entrar nessa reunião. Eu acredito que um novo volume de doses chegará em breve. Fica muito difícil falar em datas. Mas nós estamos muito bem-direcionados. O país já está com as doses contratadas, o sistema de distribuição todo estruturado. Então, a medida que a indústria for tendo condições de fabricar as doses, isso chegará à população. Agora, é questão de ir produzindo e chegando no cidadão”, ressaltou o secretário. 

'Plano B'

Minas Gerais não fez acordos alternativos com empresas farmacêuticas ou plenajou ações similares que garantam a oferta de vacinas no estado caso haja falta de doses. Em 14 de dezembro, o governador Romeu Zema (Novo) foi enfático ao dizer que o estado vai seguir à risca o projeto federal. Como “plano B”, o mandatário mencionou, na ocasião, a seguinte estratégia: “se amanhã jogarem uma bomba em Brasília e nós não pudermos contar mais com o governo federal, temos todas as vacinas já mapeadas, os fornecedores e temos recursos". 

O cenário das negociações entre líderes de governo e os fabricantes de vacina, contudo, tem demonstrado que os acordos são mais bem-sucedidos quanto maior é a antecedência com que são fechados. A procura tardia costuma envolver prazos dilatados, que nem sempre coincidem com a urgência das demandas.

A morosidade das autoridades brasileiras no fechamento dos contratos é, inclusive, alvo de críticas da Pfizer. Em agosto de 2020, o laboratório afirmou ter feito uma primeira ofertapara o Brasil de setenta milhões de doses, com início das entregas previsto para dezembro do mesmo ano. As negociações não evoluíram na época, segundo a empresa.

Recentemente, o Ministério da Saúde afirmou ter contratado os produtos, mas os novos termos estabelecem outros prazos. A Pfizer, agora, se compromete a enviar nove milhões de ampolas até junho deste ano - 500 mil doses em janeiro, 500 mil doses em fevereiro, 2 milhões em março, 2 milhões em abril, 2 milhões em maio e 2 milhões em junho. As condições, segundo o ministro Eduardo Pazuello, não atendem as necessidades do Brasil com a devida celeridade. 


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