Jornal Estado de Minas

LEITOS PARA COVID-19

Governo de MG abre UTIs em BH e admite 'gargalo' de profissionais de saúde

Com 73,5% das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do estado ocupadas, situação caracterizada como “estresse assistencial”, o governo de Minas Gerais entregou, nesta quinta-feira (21/1), 40 leitos de terapia intensiva no Hospital Júlia Kubitschek (HJK), que fica no Bairro Milionários, na Região do Barreiro. A inauguração contou com a presença do secretário de Estado de Saúde (SES-MG) Carlos Eduardo Amaral. 



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Segundo o secretário, 35 vagas serão ocupadas ainda hoje por pacientes do próprio HJK,acomodados no antigo espaço de UTIs da instituição. A nova ala, portanto, aumenta a soma de leitos intensivos de Minas em apenas cinco unidades -  de 3.987 para 4.002. Por outro lado, permitirá a criação de 35 novos leitos de enfermaria dentro do Júlia Kubitschek.

Questionado sobre a opção por essa troca e não pela abertura de mais UTIs, Amaral explicou que a construção de novas estruturas demanda a mobilização de mais profissionais de saúde - atual gargalo dos hospitais da Fundação Hospitalar de Minas (Fhemig).

“É importante lembrar que, para se ter uma estrutura de terapia intensiva, não basta só a estrutura predial. Precisamos ter equipamentos e também recursos humanos. O gargalo que se tem no estado é o gargalo de profissionais de saúde. Esse é o limitante, não mais a estrutura”, destacou. 





O secretário afirmou que a Fhemig intensificou o processo seletivo para a contratação de equipes e ressaltou que os 40 leitos abertos esta manhã estão 100% prontos para operação, inclusive do ponto de vista da mão de obra. 

Amaral também garantiu que todos os profissionais do Júlia Kubitschek e do Hospital Eduardo de Menezes, no Bairro Bonsucesso, Região Oeste de BH - que concentram as demandas da pandemia na capital - serão vacinados ainda na primeira fase da campanha de vacinação em Minas Gerais, iniciadas nesta terça-feira (19/1). As doses enviadas pelo governo federal até o momento, no entanto, não são suficientes para todo o público prioritário

Estrutura

O Secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, admitiu que Fhemig enfrenta gargalo na contratação de profissionais de saúde. (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Paradas desde o fim de 2014, as obras da nova ala do Hospital Júlia Kubitschek foram retomadas em maio de 2020 pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG). O custo total aos cofres públicos foi de R$ 8,7 milhões. 

O ambiente é dividido em grandes salões, desenhados especificamente para a oferta de cuidados críticos. O local ganhou novo sistema de ar condicionado central, reformas na rede elétrica e troca da rede de gases medicinais - oxigênio e ar comprimido.

Além dos 40 leitos de UTI, o hospital conta com 90 leitos de enfermaria clínica, assim como maternidade de preferência para atendimento de gestantes, puérperas e parturientes com suspeita de COVID-19.





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