O padrastro, acusado de ter estuprado a menina por várias vezes desde que ele tinha 6 anos de idade e de tê-la engravidado, continua foragido. A mãe contou à delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Adeliana Xavier, que o homem fugiu de bicicleta, levando algumas roupas e um pouco do dinheiro que era da família.
Na comunidade do Carapina, onde a menina mora com sua mãe, pessoas se mobilizam para ajudar financeiramente a família, fazendo uma vaquinha, que recebe doações de um e outro morador solidário ao drama que vive a criança. Embora haja essa corrente solidária, ninguém fala abertamente sobre a ajuda.
O que preocupa agora é o “dia seguinte”. Mesmo com a gravidez interrompida, os problemas causados à criança precisam ser amenizados o quanto antes. A delegada Adeliana Xavier, que continua empenhada em prender o padrasto, também priorizou buscar o atendimento psicológico à criança e à sua mãe.
A delegada disse que já conversou com o Conselho Tutelar e acredita que tanto a criança como a mãe serão assistidas, porque há uma rede de solidariedade formada em torna delas.
No Conselho Tutelar, a resposta sobre o caso foi protocolar. “Vamos informar, nos próximos dias, por meio de nota, os procedimentos que serão adotados, porque a decisão será colegiada, devido à repercussão do caso”, informou um funcionário do conselho.