O programa Minas Consciente, que orienta as prefeituras do estado quanto à flexibilização do comércio durante a pandemia da COVID-19, deve passar por readequações “em breve”. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, objetivo é liberar mais atividades com a chegada das vacinas do Instituto Butantan.
“Nós teremos a fase três do Minas Consciente. Nós estamos encerrando os estudos. A ideia nossa é projetar já para o longo prazo, com a possibilidade do direcionamento realmente, para que seja mais perene, para que dure mais, e contemple todas as atividades econômicas”, disse em entrevista à rádio CBN.
De acordo com ele, a nova fase do planejamento vai continuar com a metodologia das três ondas: verde (menos restritiva), amarela (intermediária) e vermelha (mais restritiva).
“A ideia nossa é orientar todas as atividades funcionando nas ondas, naturalmente com controle e restrição”, afirmou o secretário.
Ainda na entrevista, ele deixou claro que a adesão ou não ao programa depende da posição dos prefeitos.
Perguntado se a realização de eventos poderá ser liberada, Amaral disse que o “dimensionamento” do governo vai nessa direção. “Nós estamos indo para aqueles que só poderiam funcionar na onda verde e ver qual o impacto desses setores numa forma geral”, afirmou.
A ideia do governo, segundo Carlos Eduardo, é liberar essa nova versão em 15 dias e levá-la ao Comitê Extraordinário COVID-19 para deliberação.
Aulas
Desde setembro, o governo de Minas trava uma guerra judicial com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) para retomar as aulas presenciais nas escolas estaduais.
De acordo com o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, porém, esse setor “tem uma visão à parte”, desvinculada do Minas Consciente.
“É importante lembrar que, no ponto de vista do governo do estado, em setembro nós orientamos o retorno às aulas com todos os cuidados. Nós teremos agora uma rodada de estudo da educação já vislumbrando o momento do retorno às aulas”, disse à CBN.
Segundo o chefe da Saúde, essa “rodada” passa “por uma nova revisão junto com a Secretaria de Estado de Educação e junto com a Sociedade de Pediatria”.
Vacinas
Sobre a distribuição das doses da CoronaVac, já enviadas a maioria das 853 prefeituras mineiras, Carlos Eduardo Amaral elogiou a logística do estado. E comentou sobre as críticas feitas por gestores municipais quanto à falta de vacinas.
“Alguns têm um pouco de dificuldade de compreensão nesse sentido. Quem define e tem autoridade para definir os critérios da vacinação é o Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Imunização”, disse.
Ainda assim, Carlos Eduardo Amaral explicou como o governo definiu quantas vacinas cada prefeitura teria direito a receber.
“Os critérios que nós tivemos não foram os populacionais. Eles foram critérios vinculados a indígenas aldeados; a residentes em instituições de longa permanência de idosos e de deficientes; e aos profissionais de saúde que realmente estão na linha de frente, que realmente atendem COVID”, detalhou.