A justiça da Alemanha aceitou uma ação coletiva contra a multinacional alemã Tüv Süd pela devastação provocada com o rompimento das Barragens B1, 4A e 4A1 em Brumadinho, tragédia que completa dois anos no próximo dia 25. A empresa afirma que colabora com as autoridades.
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Como na Inglaterra, a alegação do escritório é de que a Justiça no Brasil é lenta e ineficiente, não possibilitando uma justa reparação aos atingidos e familiares das vítimas.
No processo na Alemanha o escritório PGMBM tinha pedido 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5,4 bilhões). A diferença é que a ação na Inglaterra foi inicialmente rejeitada pelas cortes do Reino Unido, mas o escritório busca uma apelação. Essa resposta deve sair nos próximos dias.
A Tüv Süd emitiu os pareceres técnicos garantindo a estabilidade da barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, operada pela Vale e por isso responderá na Alemanha pelos danos morais e materiais provocados pelo rompimento das três barragens.
O rompimento despejou 9 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro na Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, impedindo a utilização da água entre Brumadinho, na Grande BH, e Pompéu, na Região Centro-Oeste. Ao todo morreram 270 pessoas, sendo que 11 corpos ainda são procurados pelos Bombeiros.
A TÜV SÜD informou, por meio de nota, que continua profundamente consternada pelo trágico colapso da barragem em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. “Nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias. A Tüv Süd reitera seu compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem esclarecidos. Por isso, continuamos oferecendo nossa cooperação às autoridades e instituições no Brasil e na Alemanha no contexto das investigações em andamento. Enquanto os processos legais e oficiais ainda estiverem em curso, a Tüv Süd não poderá fornecer mais informações sobre o caso.”