Caratinga, na Região do Vale do Rio Doce, desenvolveu uma diretriz de tratamento precoce com medicamentos contra a COVID-19 em julho de 2020. De acordo com a pneumologista da cidade, Maria José Ligeiro Marques, o tratamento foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) baseado em protocolos e diretrizes já estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
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Em vídeo publicado nas redes sociais da prefeitura, em julho, Maria José reconhece que o tratamento precoce não tem comprovação científica, mas afirma que a eficácia foi comprovada devido à observação em várias cidades do Brasil e do mundo, que tiveram sucesso com o tratamento.
“Algumas cidades, por exemplo, zeraram atendimento hospitalar, zeraram a internação em UTI com esses protocolos. Tiveram um bom resultado, que, infelizmente, ainda não tem uma publicação. Mas que, em evidência clínica e observação clínica de vários médicos, foi um tratamento benéfico”, afirma.
De acordo com a pneumologista, o tratamento não foi imposto pela SMS e sim recomendado. Os médicos teriam a opção de indicar os medicamentos aos pacientes e estes teriam a opção de optar ou não pela recomendação.
No último dia 12 de janeiro, a médica voltou às redes sociais da prefeitura para informar que o município atingiu a marca de 92,5% de curados. “Sinal de que o tratamento precoce que a gente adotou possa ter tido uma interferência em relação a finalização desses casos”, afirmou.
Caratinga já soma 4.279 casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus e o número de mortes chegou a 137. A taxa de ocupação dos leitos UTI está em 88%.