Pela primeira vez em 2021, a taxa de ocupação das UTIs para COVID-19 está abaixo dos 80% em Belo Horizonte. Conforme boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura, publicado nesta sexta-feira (22/01), o indicador está em 79,3%, cerca de dois pontos percentuais a menos que no levantamento anterior.
Ainda assim, o parâmetro permanece na zona crítica da escala de risco, acima dos 70%. Esse é o quadro desde 18 de dezembro, quando a prefeitura retirou do balanço unidades que contavam no levantamento, mas que, na prática, não estavam disponíveis para a população.
Quanto às mortes, BH registrou mais 25 no boletim desta sexta. A cidade soma 81.654 diagnósticos confirmados da doença: 74.094 pessoas recuperadas, 5.395 em acompanhamento e 2.165 mortos.
E o número de vidas perdidas pela virose pode aumentar, já que há 114 óbitos em investigação.
Outros indicadores fundamentais para a tomada de decisão da prefeitura, como flexibilizar ou não o comércio, também caíram nesta sexta. O número médio de transmissão por infectado (fator RT) caiu de 1,02 para 1,01.
Ainda assim, a estatística que mede a velocidade de transmissão da doença na cidade permanece na zona intermediária da escala de risco, entre 1 e 1,2.
Em alerta também está a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria. O indicador sofreu queda de 65,7% para 65% nesta sexta. Essas unidades servem aqueles com casos menos graves da doença, mas que ainda precisam de internação.
Perfil das vítimas
No levantamento por regionais, a Noroeste é a região com maior número de mortes por COVID-19 em BH: 292, 21 a mais a Região Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (261), Leste (243), Barreiro (238), Centro-Sul (234), Venda Nova (231), Pampulha (205) e Norte (190).
No total, 1.193 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 972.
A faixa-etária mais atingida pela COVID-19 são os idosos: 83,4% (1.808 no total).
Na sequência, aparecem aqueles entre 40 e 59 anos: 14,4% (311). Há, ainda, 45 óbitos entre 20 e 39 anos (2,1%) e um de menor de idade (0,1%).
Além disso, 97,5% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.
Em BH, 55 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 44 homens e 11 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.
Público-alvo da primeira etapa de vacinação em BH, os profissionais de saúde somam 1.909 testes positivos para a COVID-19. No total, a prefeitura testou 11.073 servidores da área, com 9 mil exames negativos e 164 ainda em investigação.
As principais vítimas são os técnicos em enfermagem, incluídos na primeira etapa de imunização.