O desrespeito à ordem prioritária da vacinação contra a COVID-19 em Minas Gerais está na mira da Controladoria-Geral do Estado (CGE-MG) e do Ministério Público (MPMG). Ambos divulgaram, nesta sexta-feira (22/1), canais para denúncia dos adeptos da conduta antiética.
As penalidades previstas na legislação incluem prisão de até um ano, suspensão de direitos políticos por até dez anos, multa, proibição de contratar com o poder público, entre outras. As queixas podem ser registradas na internet ou pelo número 127.
"Eu acho que tem questão de ética e moral. Quando o Ministério da Saúde sinaliza os grupos prioritários, os estados e os municípios precisam seguir", afirmou o dirigente.
Denuncie à CGE
Segundo a CGE-MG, servidores e dirigentes estaduais que burlam a ordem fixada pela campanha cometem falta grave, passível de responsabilização administrativa, infração prevista no Inciso 4° do Art. 217 do Estatuto dos Funcionários Públicos e Civis. A pena prevista é de 90 dias de suspensão. As denúncias podem ser feitas on-line, na página da Ouvidoria-Geral do Estado.Fale com o MPMG
Essas mesmas irregularidades, além de casos envolvendo políticos, gestores públicos e empresários, também podem ser comunicadas à ouvidoria do MPMG. De acordo com o órgão, "furar a fila" da vacina também gera consequências na esfera penal, pois configura os crimes de prevaricação (uso de cargo público para favorecimento pessoal), improbidade administrativa e dano coletivo.As penalidades previstas na legislação incluem prisão de até um ano, suspensão de direitos políticos por até dez anos, multa, proibição de contratar com o poder público, entre outras. As queixas podem ser registradas na internet ou pelo número 127.
'Questão de ética'
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (22/1), o Secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, comentou os casos de "fura fila" denunciados à imprensa ao longo da semana em 13 estados, incluindo Minas."Eu acho que tem questão de ética e moral. Quando o Ministério da Saúde sinaliza os grupos prioritários, os estados e os municípios precisam seguir", afirmou o dirigente.
A subsecretária de Vigilância em Saúde Janaína Passos, também condenou a prática.
"A população precisa esperar a fase correta para se vacinar. Não furar a fila. Cada município é responsável pela administração das doses e precisa ficar atento a isso. É preciso calma para imunizar todos nos seus devidos grupos. As denúncias podem e devem ser feitas nos órgãos e ouvidorias e no Ministério Público".
O episódio de maior repercussão no estado envolve o prefeito de Montes Claros, no Norte de Minas. Humberto Souto (Cidadania) foi vacinado contra a COVID-19 na quarta-feira (20/1). O chefe do executivo municipal tem 86 anos, mas não faz parte do público definido pelas autoridades sanitárias para a primeira etapa da campanha de vacinação. Ele justificou a atitude como "forma incentivar a população a se imunizar, principalmente os idosos".
"A população precisa esperar a fase correta para se vacinar. Não furar a fila. Cada município é responsável pela administração das doses e precisa ficar atento a isso. É preciso calma para imunizar todos nos seus devidos grupos. As denúncias podem e devem ser feitas nos órgãos e ouvidorias e no Ministério Público".
O episódio de maior repercussão no estado envolve o prefeito de Montes Claros, no Norte de Minas. Humberto Souto (Cidadania) foi vacinado contra a COVID-19 na quarta-feira (20/1). O chefe do executivo municipal tem 86 anos, mas não faz parte do público definido pelas autoridades sanitárias para a primeira etapa da campanha de vacinação. Ele justificou a atitude como "forma incentivar a população a se imunizar, principalmente os idosos".
Veja público desta 1ª fase
- Trabalhadores da Saúde
- 1º Equipe de vacinação
- 2º Equipe de Instituições de Longa Permanência
- 3º Envolvidos diretamente na atenção a casos suspeitos e confirmados
- Pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência, residentes em Residências Inclusivas
- População indígena que vive em terras indígenas2º Equipe de Instituições de Longa Permanência
- 3º Envolvidos diretamente na atenção/referência para os casos suspeitos e confirmados de Covid-19