No período de uma semana, Varginha, no Sul de Minas, registrou 19 mortes e 702 casos novos de COVID-19, recorde desde o começo da pandemia. A prefeitura endureceu as fiscalizações e 14 estabelecimentos foram diligenciados no fim de semana.
De acordo com a prefeitura, a cidade soma 4.356 pessoas infectadas e 76 mortes em decorrência do novo coronavírus. Índices divulgados no dia 18 de janeiro mostram que o município avançou com 702 casos novos e 19 mortes.
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No boletim municipal divulgado nesta segunda-feira (25/1), cinco óbitos foram incluídos. As vítimas são três homens de 63, 72 e 88 anos, além de duas mulheres de 72 e 77 anos. Todos estavam internados e apresentavam comorbidades. Segundo o secretário, o impacto foi causado pelas festividades do fim do ano.
“Tem sido um janeiro difícil. Aquele grupo de pessoas, que insiste em negar a pandemia e não aderir as medidas de prevenção, saiba que estamos e alerta vermelho de casos, de internação e óbitos. Já tivemos que tirar o lazer noturno, suspender uso e comercialização de bebidas das 22h as 6h da manhã. Já tivemos que reduzir capacidade operativa de ocupação de comércio. Já tivemos que fazer uma lei e estipular um decreto a cobrança de multa pelo não uso de máscara e uma série de ações”, ressalta.
Medidas endurecidas
A Prefeitura de Varginha reconheceu que essa semana foi a mais difícil ao logo da pandemia pelo avanço no número de mortes em decorrência à COVID-19. Equipes da Guarda Civil Municipal, dos Setores de Vigilância Sanitária e de Posturas estão fiscalizando bares, restaurantes, conveniências, clubes e outros locais.
Segundo a prefeitura, no fim de semana, 14 estabelecimentos foram inspecionados, dos quais seis foram notificados. “Porém, não foi detectada nenhuma situação grave ao ponto da aplicar da penalidade de interdição. A equipe auxiliou a Polícia Militar para dispersar aglomeração na Praça Getúlio Vargas, que ocorreu sem problemas”, disse assessoria de imprensa.
Mas a prefeitura afirmou que o maior problema da propagação do novo coronavírus, em Varginha, está dentro das casas, com surtos intrafamiliares.
“Não conseguimos barrar ainda a transmissão da COVID-19 dentro das casas, além de ser um espaço inviolável, as contaminações seguem seja pelo descuido em relação às medidas básicas da prevenção – banho e trocar as roupas e calçados antes de permanecer juntos aos familiares, higienizar as mãos frequentemente, usar máscaras se estiver suspeito ou com síndrome gripal; ou pela insistência das festas e confraternizações familiares”, explica secretário.
Em relação ao uso obrigatório da máscara, as equipes de fiscalização também estão atentas. “Existe uma minoria que insiste em não usar a máscara. Outro hábito que está sendo detectado é que as pessoas tiram a máscara ao falar no telefone, o que não deve acontecer”, completa.