O Colégio Militar de Belo Horizonte (CMBH) retomou, nesta segunda-feira (25/01), atividades presenciais, após dois meses sem receber alunos. A instituição voltou a abrir as portas para que os estudantes passem por um “nivelamento de conhecimento”, que está previsto para durar até o dia 27 de fevereiro.
Leia Mais
STF mantém aulas presenciais no Colégio Militar de BHColégio Militar: audiência em BH termina sem acordo sobre retomada das aulasApós primeira tentativa suspensa pela Justiça, Colégio Militar retoma aulas presenciais em BHAulas em BH voltam em fevereiro com dois anos em um nas escolas municipaisApós adiamento, blocos pedem apoio da PBH aos trabalhadores do carnavalO comunicado distribuído aos pais também destacou que o turno da manhã contará com a presença de somente dois anos escolares de forma presencial, de forma escalonada, para evitar a concentração de alunos. A instituição permite avaliações virtuais, mas cobra justificativa dos alunos que não comparecerem de forma presencial ao colégio.
O ano letivo de 2021 está previsto para começar dia 8 de março.
O ano letivo de 2021 está previsto para começar dia 8 de março.
Protocolo
O comando da instituição também estabeleceu um protocolo para a realização das aulas presenciais, como aferição de temperatura corporal na entrada e na saída do colégio, além da oferta de álcool em gel e a adoção do distanciamento mínimo de 1,5m entre os alunos nas salas de aula.
O uso da máscara também é obrigatório, mas o acessório tem que ser branco, preto ou caqui. Caso algum aluno apresente sintoma da COVID-19 no colégio, os pais serão acionados de forma imediata para que possam buscar o estudante. O atestado médico é cobrado em caso de ausência por problemas de saúde.
Guerra jurídica
Em 16 de setembro, o Colégio Militar da capital anunciou que retomaria as aulas presenciais, suspensas desde 18 de março. O juiz Willian Ken Aoki atendeu o pedido do Sindicato dos Tralhadores Ativos, Aposentados, Pensionistas Servidores Públicos Federais de Minas Gerais - SINDSEP-MG - suspendeu a abertura do colégio e estabeleceu multa em caso de desobediência.
Mesmo com a imposição da Justiça Federal, a instituição de ensino abriu as portas em 21 de setembro, mas interrompeu novamente as atividades da unidade, que fica localizada no Bairro São Francisco, Região da Pampulha.
A decisão que favoreceu o sindicato foi derrubada pelo desembargador Jirair Aram Meguerian no dia 25 mas, logo em seguida, a 3ª Vara Cível acatou um outro pedido feito pelo MPF e decidiu pela interrupção das aulas presenciais no colégio.
A “guerra jurídica” só teve uma trégua quando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, decidiu, em 23 de outubro, que o Colégio Militar de BH poderia receber alunos, uma vez que não foi "demonstrada nos autos a existência de potencial lesão de natureza grave ao interesse público".