Um ator fundamental na operação de busca e salvamento em Brumadinho, em 2018, e também em Mariana, em 2015, pede licença do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais para se dedicar a um projeto de alcance internacional. O capitão Leonard Farah, que coordenou as operações de resgate em Mariana e Brumadinho, pediu licença para organizar um grupo internacional de ajuda humanitária.
O desejo é calcado em sonho do capitão Farah, concretizado em 2014: a criação da Companhia de Busca e Salvamento, que além de estruturar, coordenou até 2020. A companhia esteve à frente das operações das duas maiores tragédias socioambientais e humanas do Brasil. A abrangência da corporação, no entanto, limitava o anseio de Farah de atuar internacionalmente. Mas ele reconhece que o conhecimento para lidar com desastres foi construído ao longo da trajetória na corporação.
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No início de janeiro, ele surpreendeu com o pedido de afastamento temporário. Muitos especularam se o oficial havia sido convidado para o Big Brother Brasil, o que não se confirmou. O pedido de licença veio logo depois de uma transferência de Farah, que deixou a “zona quente”, linha de frente nas operações, para assumir funções mais burocráticas na corporação. Em 25 de janeiro de 2020, quando completou um ano da tragédia em Brumadinho, Farah participou de um resgate de dois bombeiros, que foram soterrados depois das chuvas históricas em Belo Horizonte. A atuação é apontada como razão para a saída do capitão da linha de frente dos bombeiros.
A projeção por estar à frente da maior operação de resgate do Brasil, em curso em Brumadinho há dois anos, direcionou os holofotes para o capitão Farah. Notoriedade que teve início com o resgate em Mariana.
Assista ao depoimento do até então tenente sobre Mariana, em 2015
Capitão Farah sobre Brumadinho em 2019