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Estado de Minas BRUMADINHO

Bombeiro de Minas organiza grupo internacional de ajuda humanitária

Após atuar nos desastres com barragens em Mariana e Brumadinho, capitão Leonard Farah pediu licença da corporação para realizar novo projeto


26/01/2021 06:00 - atualizado 26/01/2021 08:40

Depois de atuar em Mariana e Brumadinho, capitão Leonardo Farah se licencia para atuar em grupo internacional de ajuda humanitária (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 28/1/19)
Depois de atuar em Mariana e Brumadinho, capitão Leonardo Farah se licencia para atuar em grupo internacional de ajuda humanitária (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 28/1/19)


Um ator fundamental na operação de busca e salvamento em Brumadinho, em 2018, e também em Mariana, em 2015, pede licença do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais para se dedicar a um projeto de alcance internacional. O capitão Leonard Farah, que coordenou as operações de resgate em Mariana e Brumadinho, pediu licença para organizar um grupo internacional de ajuda humanitária.
 
O desejo é calcado em sonho do capitão Farah, concretizado em 2014: a criação da Companhia de Busca e Salvamento, que além de estruturar,  coordenou até 2020. A companhia esteve à frente das operações das duas maiores tragédias socioambientais e humanas do Brasil. A abrangência da corporação, no entanto, limitava o anseio de Farah de atuar internacionalmente. Mas ele reconhece que o conhecimento para lidar com desastres foi construído ao longo da trajetória na corporação.
 
"É muito difícil separar o Leo Farah e o capitão Farah. Se confundem muito. Entrei nos bombeiros aos 18 anos de idade. Praticamente todo esse tempo em que passei nos Bombeiros não houve divisão”, diz. Os rompimentos das barragens da Samarco e Vale, em Mariana e Brumadinho, evidenciaram erros e negligência no processo de licenciamento ambiental da mineração em Minas.  No entanto, também revelaram face de orgulho para o estado: a atuação do Corpo de Bombeiros, que ganhou projeção internacional pela dimensão da operação para localizar as vítimas soterradas pela tsunami de lama e rejeitos.
 
Dois anos depois do rompimento da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro, os bombeiros ainda buscam por 11 joias, pessoas vitimadas pelo pela tragédia ainda desaparecidas. Devido à atuação destacada, Farah foi convidado para dar palestras e convocado até para ser vice-prefeito em chapas que concorreram às eleições em Belo Horizonte e Nova Lima na última eleição. “Quatro coligações me convidaram, praticamente todos os partidos.”

No início de janeiro, ele surpreendeu com o pedido de afastamento temporário. Muitos especularam se o oficial havia sido convidado para o Big Brother Brasil, o que não se confirmou. O pedido de licença veio logo depois de uma transferência de Farah, que deixou a “zona quente”, linha de frente nas operações, para assumir funções mais burocráticas na corporação. Em 25 de janeiro de 2020, quando completou um ano da tragédia em Brumadinho, Farah participou de um resgate de dois bombeiros, que foram soterrados depois das chuvas históricas em Belo Horizonte. A atuação é apontada como razão para a saída do capitão da linha de frente dos bombeiros.
 
A projeção por estar à frente da maior operação de resgate do Brasil, em curso em Brumadinho há dois anos, direcionou os holofotes para o capitão Farah. Notoriedade que teve início com o resgate em Mariana.

Assista ao depoimento do até então tenente sobre Mariana, em 2015


 
Capitão Farah sobre Brumadinho em 2019


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