O valor total investido neste projeto foi de R$ 660 mil e o recurso é derivado de doação da comunidade por meio de campanhas da Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas (Acccom).
O espaço atenderá, simultaneamente, nove crianças na quimioterapia e dois em leitos, contando com uma equipe de profissionais, formada por um hematologista, um oncologista pediátrico, um cirurgião, além da equipe multidisciplinar.
A administração será do Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) que seguirá os mesmos moldes do atendimento já prestado aos pacientes adultos. O hospital assume a responsabilidade da condução do tratamento ambulatorial e/ou de internação, e todas as nuances. Já a Acccom passa a apoiar financeiramente também essa nova linha de cuidado.
O serviço iniciará mesmo sem o credenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, sem o custeio oficial. Os pacientes da saúde pública serão atendidos. A partir de agora serão iniciados os tramites burocráticos para credenciar a unidade junto aos governo estadual e federal. O processo terá apoio da Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis.
Única unidade da região
Até então, crianças e adolescentes em tratamento eram transferidos para centros especializados em Belo Horizonte ou em outros estados. “Primeiro, representa cobrir um vazio assistencial que desloca para outros centros, segundo, representa a realização de um sonho de tratar nossas crianças aqui na região”, destaca a superintendente do CSSJD, Elis Regina Guimarães.
Com a inauguração, o Hospital do Câncer passa a atender todas as especialidades no tratamento oncológico, com custo mensal de R$1,7 milhão Com isso, a expectativa é que ele passe a ser referência nacional. “De voltar a ser referência do Cacon (Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia), que é um centro oncológico que são poucos vinculados ao Inca (Instituto Nacional do Câncer) no Rio de Janeiro”, afirma.
Estimativas
De acordo com a Estimativa de incidências da doença no Brasil do Inca, 907 novos casos em crianças e adolescentes de 0-19 anos para o estado são esperados ao ano. Em casos aritméticos, pode-se concluir que haverá para a região Centro-Oeste cerca de 55 casos novos, considerando crianças numa população de 1,3 milhões de pessoas.
*Amanda Quintiliano especial para o EM