Ao menos dois indicadores da pandemia de COVID-19 em Belo Horizonte caíram nesta terça-feira (26/1). Segundo antecipou o infectologista Estêvão Urbano ao Estado de Minas, a taxa geral de ocupação das UTIs baixou de 86% - recorde da série histórica - para 80%. O índice de transmissão, chamado de “fator RT” também apresentou ligeira redução: caiu de 0,98 para 0,97.
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COVID-19: após disparar, ocupação de leitos de UTI volta a cair em BH COVID-19: Programação on-line marca o aniversário de Governador ValadaresCOVID-19: Governo de Minas define nesta tarde a distribuição de vacinasKalil deve anunciar rumos do comércio em BH em coletiva nesta sexta (29/01)BH chega a 2.203 mortos e 85.114 casos de COVID-19“Todos nós queremos abrir o comércio o mais rápido possível. Mas é difícil falar em datas, pois o vírus se comporta de maneira tão aleatória, que pode chegar no dia 4 e situação ficar muito pior do que a de hoje. Então, com essa antecedência é impossível de se prever qualquer coisa”, analisa o infectologista.
Urbano calcula que as estatísticas ainda devem levar mais algumas semanas para, de fato, refletirem os efeitos do decreto de suspensão das atividades não essenciais, editado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) em 11 de janeiro. Para o médico, eventos como as festas de fim de ano; o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado em 17 de janeiro e no último domingo (24/1); além do retorno das férias tornam o controle da epidemia mais lento.
“Os indicadores já refletem o decreto. Não fosse por isso, a situação talvez estivesse piorando. Mas a melhora ainda é tímida e inconstante,justamente por causa de algumas questões que ainda reverberam na cidade: as festas de Natal e Réveillon, o retorno das férias, o Enem, além da dificuldade de se manter o isolamento social um ano após o início da pandemia. Não fossem esses fatores, acredito que os números, agora, seriam mais amigáveis”, afirma o profissional de saúde.
“O cenário é, portanto, de instabilidade. Nos próximos dias, podemos ter tanto uma melhora, quanto uma piora das estatísticas. Resta-nos ter paciência e aguardar”, complementa.
Batalha judicial
É a segunda vez que o decreto 17.523/2021, editado em 11 de janeiro pela prefeitura, é suspenso na Justiça. A primeira foi em 18 de janeiro, por meio de liminar concedida pelo juiz Wauner Batista Ferreira Machado ao Deputado Estadual Bruno Engler (PSL). A decisão foi derrubada dois dias depois (20/1), após recurso apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte.
A ordem judicial desta terça-feira (26/1), que atende a um pedido do Sindiprom-MG, foi proferida pelo mesmo juiz. A administração municipal informou que já recorreu da deliberação.