Belo Horizonte registrou mais 12 mortes por COVID-19 no boletim epidemiológico e assistencial desta quarta (27/1). A cidade registra 86.469 diagnósticos confirmados da doença: 2.215 óbitos, 5.186 em acompanhamento e 79.068 recuperados.
O número de casos cresceu em 1.355 entre os dois últimos informes da prefeitura. A incidência de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias está em 417,4.
Enquanto isso, os principais indicadores da gravidade da pandemia desaceleraram mais uma vez.
O número médio de transmissão por infectado, o chamado fator RT, caiu de 0,97 para 0,96. Portanto, a estatística apresentou queda pelo nono levantamento consecutivo e continua na fase controlada.
Já a taxa de ocupação dos leitos de UTI diminuiu de 80% para 77,4%. Apesar do decréscimo, o indicador permanece na zona crítica da escala de risco, acima dos 70%.
O percentual de uso das enfermarias também caiu: de 62,5% para 59,8%. Ainda assim, o parâmetro continua no estágio intermediário, a zona de alerta, entre 50% e 69%.
Esses indicadores são fundamentais para a prefeitura tomar decisões como reabrir o comércio da cidade ou não.
Enquanto isso, o Executivo municipal trava batalhas judiciais com diferentes frentes para derrubar liminares concedidas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Na mais recente delas, o juiz Wauner Batista Ferreira Machado apontou "abuso de poder" para reabrir a atividade comercial a partir de 4 de fevereiro. A prefeitura já recorreu.
Perfil das vítimas
No levantamento por regionais, a Noroeste é a região com maior número de mortes causadas pelo novo coronavírus em BH: 298, 21 a mais a Região Nordeste. Na sequência, aparecem Oeste (267), Leste (248), Barreiro (248), Centro-Sul (237), Venda Nova (237), Pampulha (211) e Norte (192).
No total, 1.220 homens perderam a vida para a virose em BH. A quantidade de mulheres mortas é de 995.
A faixa etária com o maior número de óbitos pela COVID-19 são os idosos: 83,4% (1.850 no total).
Na sequência, aparecem pessoas entre 40 e 59 anos: 14,4% (318). Há, ainda, 46 óbitos entre 20 e 39 anos (2,1%) e um de menor de idade (0,1%).
Além disso, 97,4% dos mortos apresentavam ao menos uma comorbidade, sendo cardiopatia, diabetes, pneumopatia e obesidade as mais comuns.
Em BH, 57 pessoas morreram com quadros clínicos de COVID-19 sem comorbidade: 46 homens e 11 mulheres. A maioria tinha entre 40 e 59 anos.
Público-alvo da primeira etapa de vacinação em BH, os profissionais de saúde somam 1.917 testes positivos para a COVID-19. No total, a prefeitura testou 11.097 servidores da área, com 9.023 exames negativos e 162 ainda em investigação.
As principais vítimas são os técnicos em enfermagem, incluídos na primeira etapa de imunização.