De acordo com a promotoria, a terceira fase da operação Persona apreendeu celulares, HDs e documentos que podem ajudar na apuração do esquema de corrupção.
Os agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o MP e a PM suspeitam que processos de compra de álcool em gel e sabonete líquido, itens importantíssimos para proteger o cidadão da COVID-19, foram fraudados em Guiricema.
Como a cidade está em situação de emergência, se permite a contratação de serviços/produtos sem licitação.
Diante desse direito, a prefeitura local, segundo o MP, pode ter adquirido o sabonete e o álcool em gel de empresas fantasmas, tudo para desviar dinheiro público.
“Há evidências de que os investigados utilizaram ‘laranjas’ para a concretização da empreitada criminosa de desvio de dinheiro público, que deveria, nesse cenário de pandemia, ser empregado para salvar vidas”, afirma o promotor de Justiça do Gaeco, Breno Costa da Silva Coelho.
As investigações apontam para ao menos seis crimes: desvio de verba pública, corrupção, peculato, fraude à licitação, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
As duas primeiras fases da operação resultaram na prisão de um empresário e da ex-secretária municipal de Saúde de Guiricema.
Essas etapas também resultaram na apreensão de R$ 43,5 mil em dinheiro vivo. Além disso, as autoridades cumpriram nove mandados de busca e apreensão em Guiricema, Piraúba e Juiz de Fora.
O nome Persona, de acordo com o MP, faz referência ao teatro grego, no qual os artistas faziam uso de máscaras para construir o personagem.
Em nota, a Prefeitura de Piraúba informou que "não possui qualquer tipo de envolvimento com a operação". Segundo o Executivo municipal, as autoridades apenas tiveram "como alvo moradores do município".
Quer denunciar?
Além do disque-denúncia 181, o cidadão pode delatar crimes do tipo por meio da ouvidoria do Ministério Público, por meio dos telefones 127, (31) 3330-8409 ou (31) 3330-9504.
A página do órgão na internet também recebe denúncias.