A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) apura o paradeiro de seis doses da CoronaVac, vacina contra a COVID-19, que seriam aplicadas em profissionais que trabalham na Maternidade Odete Valadares, no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. O suposto extravio foi descoberto no início desta semana e registrado na Polícia Militar (PM). A Polícia Civil instaurou um inquérito. Uma nova comissão de vacinação foi constituída na unidade de saúde.
De acordo com o boletim de ocorrência, feito na terça-feira (26/1), o hospital recebeu os imunizantes no dia 20 e, no dia 22, surgiram relatos de que quatro doses haviam desaparecido.
Consta no registro que, após a conferência das vacinas, foi confirmada a falta de seis doses. Segundo o histórico da Polícia Militar, pessoa citada na ocorrência foi afastada de suas funções e não teria comparecido ao trabalho no dia do registro por questões de saúde. Dessa forma, não foi ouvida pelos policiais.
Nesta quinta-feira, reportagem do Estado de Minas teve acesso a um comunicado direcionado aos gestores, servidores, residentes, terceirizados e demais funcionários do hospital. Assinado pela diretora-geral e técnica da Maternidade Odete Valadares, Flávia Ribeiro de Oliveira, o comunicado confirma que a administração precisou intervir no plano de vacinação em andamento na unidade “após tomar ciência de suposto extravio de seis doses de vacina adsorvida COVID-19”.
“O fato foi encaminhado para apuração de responsabilidades por meio de boletim de ocorrência policial, sindicância e notificação à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte”, diz o comunicado. “Foi constituída nova comissão de vacinação para dar continuidade ao plano com toda tranquilidade e segurança para a instituição, servidores, comunidade e os colaboradores que com toda atenção, zelo e carinho se disponibilizaram a participar da campanha”. Ao final, a diretoria diz que todos os números relativos à vacinação estão disponíveis na intranet do hospital.
O que diz a Fhemig
Ao Estado de Minas, a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), que é responsável pela maternidade confirmou o registro de boletim de ocorrência sobre o caso e o início da apuração de responsabilidades.
“O ocorrido foi encaminhado ao Núcleo de Correição Administrativa da Fhemig para a tomada de providências e notificado à Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – responsável pela distribuição das doses em Belo Horizonte”, diz a fundação.
Diferentemente do comunicado, a entidade diz que a composição do novo grupo responsável pelas vacinas ainda está em andamento. “Está sendo constituída nova comissão de vacinação na unidade para dar continuidade ao plano de vacinação dos trabalhadores, com toda a transparência e integridade necessárias”, informou a Fhemig, por meio de sua assessoria de imprensa.
A fundação também informou que de 20 de janeiro, primeiro dia de vacinação, até a noite de quarta-feira, 675 profissionais foram vacinados na Maternidade Odete Valadares, que recebeu 983 doses do imunizante.
A Fhemig conclui a nota destacando que a Ouvidoria-Geral do Estado (OGE/MG) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE/MG) determinam o cumprimento rigoroso das regras e critérios de imunização do Ministério da Saúde. “Denúncias relacionadas ao processo de vacinação, como o descumprimento da ordem prioritária de imunização, podem ser feitas pelo Canal Coronavírus, da Ouvidoria-Geral do Estado. O endereço é https://www.ouvidoriageral.mg.gov.br/coronavirus”, finaliza a Fhemig, que não deu detalhes sobre o que foi descoberto até o momento.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou, no início desta tarde, que instaurou um inquérito para apurar o extravio das vacinas. A investigação está em andamento na 3ª Delegacia de Polícia Civil Centro.
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Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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