A Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu 80 toneladas de cobre em Contagem, na tarde dessa quarta-feira (27/01). A investigação já estava em andando há quatros meses e resultou primeiro na apreensão de onze toneladas de material, em dezembro de 2020 e agora, nessa outra carga, que tem valor estimado de R$ 4 milhões.
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Seguindo o caminhão, de acordo com o delegado, os policias chegaram em Contagem, nas proximidades da empresa VJR Sucatas. Ao abordarem o veículo, encontraram onze toneladas de cobre. A investigação continuou e foi possível descobrir que a receptação do material era ainda mais complicada.
"Cada fio de cobre faz uma trama e cada empresa consegue identificar que é sua. Ao identificar que a trama era da Vale, os policiais continuaram a investigação, já que os interceptadores sabiam da necessidade de camuflá-las. Se não, a revenda poderia ser prejudicada”, afirma o delega.
Ao longo da inspeção, a PCMG identificou que na cidade de Pequi, também no interior de Minas, uma usina de fundição fazia o processo de limpeza, decantação, trituração e fundição (transforma os fios em barras, para não serem identificados pela trama), para vendê-los em seguida.
Do material arrecadado na apreensão, 90% já estava no processo de trituração. De acordo com a investigação, o dono da VJR, que faz o processo de triagem do material, com galpão em Contagem, é um guarda municipal de BH. Segundo a polícia, o patrimônio dele não condiz com o salário que recebe por isso será investigado na terceira parte dos trabalhos.
O delegado afirmou que o pai do dono da VJR também estaria envolvido no esquema, além de uma outra terceira pessoa. Todos têm passagem pela polícia. No momento, os investigadores precisarão de outros órgãos do Estado para identificar os compradores do cobre. Há suspeita até de venda internacional para o Canadá, China e Europa.
De acordo com o delegado o cobre varia com o câmbio do dólar, mas a carga apreendida valeria em torno de R$ 4 milhões na cotação desta quinta-feira (28/01), sendo a maior apreensão de cobre feita no país até o momento.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira