Cerca de 30 pessoas se reúnem desde o fim da manhã desde quinta-feira (28/1) na maternidade Leonina Leonor, em Venda Nova, para fazer pressão pela abertura da unidade, construída em 2008, na gestão do ex-prefeito Fernando Pimentel, mas que nunca funcionou de fato. O empreendimento teve custo de R$ 4,9 milhões e poderia atender uma média de 500 partos humanizados mensalmente. No entanto, não saiu do papel.
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Suspeitos de matar motorista de aplicativo na Grande BH são denunciadosFamília busca notícias da mãe de bebê encontrada morta em rodoviaBlocos de rua de BH apoiam o cancelamento do carnaval de 2021Comissão de Mulheres visita maternidade em BH e verifica condições do localMulheres fazem novo ato pela abertura da maternidade Leonina Leonor em BH Ribeirão das Neves terá IPTU com vencimento só a partir de maioA prefeitura alegou que, no lugar da maternidade, será construído um Centro de Atendimento à Mulher. O movimento promete não parar até a chegada de um representante da prefeitura ao local para discutir o problema.
O ato desta quinta-feira é acompanhado pelas vereadoras Sônia Lansky (PT), Bella Gonçalves (Psol) e Isa Lourença (Psol), além de lideranças da Associação Comunitária do Bairro Lagoa, do movimento “Leonina Leonor É Nossa” e do Conselho Municipal de Saúde. De acordo com os participantes, a maternidade seria essencial para a região, que não dispõe de outro espaço público para o parto de bebês e outros acompanhamentos.
Além de convencer o município a tomar uma posição sobre a abertura da
maternidade, os movimentos em questão ficaram revoltados com a mudança do projeto original depois de presenciarem várias obras no local.
“Desde 2008, o movimento Leonina Leonor, que conta com a participação de várias mulheres, começou a fazer pressão pela abertura da maternidade. Logo, a Secretaria Municipal de Saúde resolveu que faria um Centro de Atenção à Mulher. Em 2017, o próprio conselho fez conferência para discutir o plano municipal de saúde, já na gestão do atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD). O projeto teria de ser executado durante os quatro anos do primeiro mandato. Uma das propostas mais votadas foi a abertura da maternidade, que seria toda estruturada, mas ela não entrou no plano ”, ressalta a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Carla Anunciatta.
Em 2017, o próprio conselho fez uma conferência para discutir o plano municipal de saúde, já na gestão do atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD). O projeto teria de ser executado durante os quatro anos do primeiro mandato. Uma das propostas mais votadas foi a abertura da maternidade, que seria toda estruturada, mas ela não entrou no plano.
Perto de casa
Integrante do Movimento Leonina Leonor É Nossa, Mônica Aguiar explica que as mulheres grávidas têm dificuldades por ter um espaço especializado em Venda Nova: "Não somos contrários à construção do Centro, porque ele até poderia funcionar junto com a maternidade. Nesse momento da pandemia, se você tem um atendimento especializado na região próxima, você evita contaminação, deslocamento e mortalidade materna. Temos apenas uma unidade próxima, que é dentro do Hospital Risoleta Neves. E temos o Sofia Feldman. Se uma mulher começa a parir no Bairro Lagoa, até chegar ao hospital, o bebê nasceu"
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou a construção de Centro de Atendimento à Mulher: “A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informa que após estudos da Rede Materno-Infantil, constatou-se que não havia demanda para uma nova maternidade e sim para qualificar o atendimento em todas as maternidades da Rede SUS-BH para a prestação do serviço centrado no binômio mãe-bebê. Também foi definida a criação de um Centro de Atendimento à Mulher, que é uma unidade especializada na atenção em todas as fases de vida e será instalado no imóvel em questão na Região de Venda Nova. O Conselho Municipal de Saúde foi informado em várias reuniões sobre esta destinação”.