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Estado de Minas EDUCAÇÃO

PBH pretende comprar tablets para viabilizar aulas remotas para estudantes

Executivo municipal também informa que trabalha para adquirir notebooks para os professores da rede municipal; aulas retornam nesta segunda (1º/02)


28/01/2021 21:44 - atualizado 28/01/2021 22:01

Escola Municipal Eleonora Pieruccetti, no Bairro Cachoeirinha: estudantes devem ganhar tablet emprestado para aulas remotas(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 05/02/2020)
Escola Municipal Eleonora Pieruccetti, no Bairro Cachoeirinha: estudantes devem ganhar tablet emprestado para aulas remotas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 05/02/2020)

 

Os estudantes da rede municipal de Belo Horizonte devem ganhar, em breve, tablets emprestados para viabilizar as aulas remotas durante a pandemia. O ano letivo, que vai compreender o ano passado e o atual, começa nesta segunda (1º/02).

 

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, alguns equipamentos do tipo já foram emprestados a estudantes do 9º ano de 73 escolas municipais, onde está em curso o projeto-piloto Meta Educação.

 

O programa tem como objetivo melhorar o desempenho desses alunos em português e matemática.

 

Porém, segundo a PBH, a aquisição dos tablets está comprometida por causa da alta do dólar e do crescimento da demanda pelo produto durante a pandemia da COVID-19.

 

Uma das principais preocupações do Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) é a conectividade dos professores à internet.

 

Em reunião com a categoria nesta quinta (28/01), a prefeitura informou que “está trabalhando para viabilizar a aquisição de notebooks” para os professores.

 

A Educação Municipal reforçou com o sindicato que "os professores em momento algum ficaram desamparados de apoio na conectividade".

 

De acordo a PBH, desde julho de 2020, a secretaria "já preparou e orientou todas as escolas da rede municipal na criação de ambientes individuais de trabalho montados em sala de aula".

 

Sobre a disponibilização de chips para os professores, a Educação avaliou a compra, mas a necessidade de celulares com "duas entradas de rede (...) tem sido avaliada como desconfortável nas redes em que foi adotada".

 

Professores criticam falta de equipamentos

 

Para Luanna Grammont, professora da rede municipal e diretora do Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH), a principal dúvida paira justamente sobre os equipamentos para permitir o ensino à distância.

 

“Não há disponibilização de aparelhos ou chips para os professores por enquanto. Até o momento a secretaria disponibilizou computadores nas escolas para uso dos professores, mas essa medida não contempla os profissionais que precisariam se deslocar de suas casas e se arriscar a entrar em contato com o vírus”, afirma.

 

De acordo com a sindicalista e professora, o ideal era que os professores recebessem uma compensação financeira. Ela destaca, ainda, os gastos que esses profissionais terão dentro de casa com energia elétrica e plano de dados de internet.

 

"Ter um computador ou notebook em casa não necessariamente significa tê-los disponíveis para o teletrabalho, uma vez que outras pessoas na casa podem também necessitar", diz.

 

Luanna Grammont lembra que muitos celulares também não têm capacidade tecnológica suficiente, até mesmo memória.

 

"É muito ruim que a prefeitura não tenha incrementado a internet pública e gratuita na cidade no último ano. Iniciamos esse ano com a perspectiva de um acesso desigual dos alunos aos conteúdos e materiais que estamos produzindo", completa.

 

Sobre o retorno às aulas presenciais, Luanna defende que isso só aconteça após a vacinação de todos os trabalhadores da educação.

 

2021 valerá por dois anos letivos

 

Conforme portaria da Secretaria Municipal de Educação, 2021 valerá por dois anos letivos: o passado e o atual. Os estudantes podem ter aulas até 23 de dezembro, com um período de recesso entre 11 e 16 de outubro e férias para os professores entre 26 e 30 de julho.

 

A carga-horária será de seis horas por dia e no máximo 36 horas semanais. No total, os estudantes vão precisar cumprir 800 horas para preencher os calendários de 2019 e 2020.

 

Entram nessa conta as aulas à distância, as atividades escolares não presenciais e o tempo lecionado no ano passado, antes do fechamento por causa da pandemia da COVID-19.

 

Atividades de leitura e produção de textos, reprodução de conteúdo de áudio e vídeo e interação virtual (videoconferências e chamadas de voz/vídeo) também entram na conta.

 

Em caso de entrega de atividades impressas, isso deve acontecer com uma periodicidade mínima de 15 dias para evitar riscos de proliferação do vírus.

 

A avaliação final caberá ao conselho de classe de cada escola com distribuição máxima de 100 pontos por estudante.

 

As atividades deverão ser classificadas em três níveis: concluída (satisfatória), em processo (aquelas em que o estudante precisa adequar algo) e não concluídas (alunos que não tiveram acesso aos testes ou não os entregaram)

 

As escolas deverão promover, ainda, reunião à distância com os pais para passar as orientações previstas na portaria da Secretaria de Educação.


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