Um homem de 70 anos, um dos 18 pacientes de Manaus com a COVID-19 transferidos no último domingo (24/01) para o Hospital Regional de Uberaba, no Triângulo Mineiro, morreu na noite desta quinta-feira (28/01). Segundo a direção do hospital, a família do homem já foi comunicada.
Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura de Uberaba, além disso, nesta quinta-feira (28/1) mais quatro pacientes foram intubados. Neste momento, dos 10 pacientes manauaras que estão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional, seis estão com ventilação mecânica, ou seja, foram intubados devido a piora do quadro clínico. Até a última quarta-feira (27/01), eram dois intubados.
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“Os seis pacientes manauaras que receberam alta e viajaram até Uberlândia numa Van. O voo comercial, pago pelo Ministério da Saúde, decolou às 19h15 desta quinta. Eles fariam uma escala em Campinas, depois seguirão direto para Manaus”, informou nota da assessoria de imprensa da prefeitura de Uberaba.
Ainda não há resultado do exame feito pelo Estado, por meio da Fundação Ezequiel Dias (Funed), relativo ao sequenciamento genético do vírus, que poderia comprovar ou não se os pacientes estão infectados pela nova cepa do vírus da COVID-19.
Desta forma, todos pacientes continuam em alas totalmente isoladas do Hospital Regional e com profissionais específicos. Além disso, a enfermeira manauara Cleissiane Costa Cardoso chegou nesta quinta ao Hospial de Uberaba e fará o acompanhamento de todos os pacientes.
“Os familiares desses pacientes são atualizados diariamente sobre a condição e a evolução clínica, bem como o tratamento oferecido a cada um”, assegurou a direção do hospital.
A transferência dos pacientes de Manaus (inicialmente necessitando de leitos de enfermaria) a Uberaba aconteceu após pedido do Estado de Minas Gerais e uma longa reunião entre a Prefeitura de Uberaba, Comitê Técnico-Científico de Enfrentamento à COVID-19 e os vereadores, na última sexta-feira (22/12).
A transferência foi feita por meio de classificação de risco do protocolo de Manchester, que estabelece as prioridades de atendimento de acordo com a gravidade dos casos. Para serem transferidos, os pacientes tiveram que apresentar sinais vitais (frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial) estáveis, além de assinar um termo de consentimento.
O transporte aéreo foi realizado em aeronaves de uso militar, adaptadas com equipamentos que garantiram a estabilidade e segurança dos pacientes, sob responsabilidade da Força Área Brasileiro (FAB).