O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou na tarde desta sexta-feira (29/01) o novo padrão da reabertura da capital mineira. Ao comentar o funcionamento das escolas, Kalil afirmou que devido ao aumento de casos de crianças infectadas por COVID-19, as aulas presenciais serão transferidas para março de 2021.
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Entre os setores liberados estão o de bares e restaurantes. “Os bares e restaurantes abrem a partir das 11h até 22h, podendo vender bebida alcoólica até as 15h. De 11h às 15h a venda de bebida alcoólica é permitida. A partir de 15h ela é proibida, mas os restaurantes poderão ficar abertos até 22h”, disse Kalil.
Histórico
O prefeito anunciou o fechamento dos serviços não essenciais no dia 6 de janeiro. A portaria que trata da medida entrou em vigor no dia 11. Supermercados, farmácias, postos de gasolina, padarias, sacolões, entre outros estavam no rol de atividades autorizadas a abrir as portas na cidade.
Desde então, setores do comércio passaram a negociar com a prefeitura uma flexibilização, sugerindo o escalonamento de dias permitidos para o funcionamento das lojas. Houve, também, protesto de algumas categorias na porta da sede do Executivo municipal pedindo para que os estabelecimentos voltassem a abrir.
Os últimos dias também foram marcados por batalhas judiciais. No dia 18 de janeiro, uma ação impetrada pelo deputado estadual Bruno Engler (PRTB) resultou numa liminar que permitia a reabertura do comércio em Belo Horizonte a partir desta sexta-feira. A decisão, no entanto, foi derrubada após a prefeitura recorrer.
No entanto, na última terça-feira (26/01) o Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos de Minas Gerais (Sindiprom-MG) conseguiu uma nova liminar para que o comércio em BH fosse aberto a partir do dia 4 de fevereiro. Neste caso, a prefeitura também recorreu, mas a resposta não saiu até o momento.
Indicadores
Durante boa parte de janeiro, o indicador que mede o nível de ocupação de leitos de terapia intensiva ficou acima dos 80%, 10 pontos percentuais acima da margem do alerta vermelho, considerado pela Prefeitura de BH. No entanto, os três quesitos que são levados em conta para decidir o norte do comércio na capital mineira caíram nos últimos quatro dias.
O mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta quinta-feira (28/01) indicou queda nos três indicadores-chave. O número médio de transmissão por infectado (fator RT) teve o nono decréscimo seguido, de 0,96 para 0,95. Já a ocupação dos leitos de UTI caiu de 77,4% para 76,4%. Na mesma toada, a das enfermarias de 59,8% para 57,2%.