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Estado de Minas Justiça

Mulher que arrancou bebê da barriga de mãe é condenada a 25 anos de prisão

Crime aconteceu em dezembro de 2017 em Uberlândia, quando uma jovem de 18 anos, que estava no oitavo mês de gestação, foi assassinada


29/01/2021 16:08 - atualizado 29/01/2021 17:04

Aline Fagundes no dia em que foi presa, em Uberlândia(foto: Vinícius Lemos/Especial para o EM)
Aline Fagundes no dia em que foi presa, em Uberlândia (foto: Vinícius Lemos/Especial para o EM)
A mulher que matou a jovem Gabrielle Barcelos, em 2017, para arrancar o bebê que ela esperava, foi condenada em primeira instância a 25 anos e meio de prisão. O julgamento, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, durou mais de sete horas. Aline Roberta Fagundes era acusada de homicídio, ocultação de cadáver, dar parto alheio como próprio e subtração de criança. Ele pode recorrer, mas segue presa.

Durante o julgamento, sete testemunhas foram ouvidas, incluindo parentes da vítima, como a mãe dela, e os policiais militares que registraram o caso, há três anos.

Como o fórum de Uberlândia está com atendimento restrito, devido à pandemia de COVID-19, a imprensa não pôde acompanhar o júri no Tribunal. Foram acatadas as qualificadoras do assassinato de motivo torpe, emprego de meio cruel e recursos que impossibilitaram a defesa da vítima.

Aline Roberta Fagundes está presa há pouco mais de três anos e vai seguir em regime fechado. Do fórum de Uberlândia ela voltou para o presídio.

Parentes da vítima disseram esperar uma sentença maior. "A gente tá inconformado com essa pena. Isso foi uma tapa na nossa cara", disse  Hélia Maria, tia de Gabrielle.

O crime

Gabrielle Barcelos, tinha 18 anos, estava grávida de oito meses e foi assassinada para ter o bebê arrancado de seu ventre. O crime aconteceu em 5 de dezembro de 2017, no Bairro Monte Hebron, Zona Oeste de Uberlândia.

Ela foi atraída até a casa de Aline Fagundes com a promessa de ganhar roupinhas para o bebê. Depois de ser dopada e morta, o corpo da vítima foi jogado em uma vala nos fundos da casa. A barriga foi cortada com um estilete.

Para a polícia, Aline disse que queria o bebê para salvar um relacionamento amoroso. Ela mentia ao ex-companheiro que estava grávida.

O processo de Aline chegou a ser suspenso em 2018 quando a defesa alegou que a cliente teria transtornos mentais, solicitando perícia – o que logo foi descartado. A bebê sobreviveu, mas tem sérios problemas de saúde por causa do parto forçado.


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