Jornal Estado de Minas

'FAKE NEWS'

Hermes Pardini nega ter iniciado agendamento de vacina contra COVID

A rede de laboratórios Hermes Pardini negou, por meio de nota, a disponibilidade de vacinas contra a COVID-19 para comercialização em suas unidades. A manifestação veio após a veiculação de mensagens via WhatsApp anunciando o início de agendamentos para a vacinação na rede de exames clínicos.





 

A abordagem, a que o laboratório chamou de “fake news”, informa até os valores dos imunizantes. A CoronaVac, desenvolvida pelo Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, estaria sendo ofertada a R$ 280, enquanto a vacina da Pfizer é anunciada por R$ 360.

 

Anúncio de vacinação na rede Hermes Pardini é falso, segundo laboratório (foto: Montagem/WhatsApp/Reprodução)
 

 

O Hermes Pardini ressaltou que, conforme informação dos órgãos oficiais de saúde do Brasil, as vacinas do Butantan e Fiocruz são destinadas para aplicação exclusiva pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que os imunizantes autorizados para uso emergencial não podem ser comercializados por serviços privados.

 

A rede ainda salientou que, quando da disponibilidade de vacinas em seu portfólio, vai comunicar amplamente em seus canais oficiais.

 

Vacinas em clínicas privadas

 

A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que representa o setor privado, negocia com a farmacêutica Bharat Biotech a compra de 5 milhões de doses da vacina Covaxin contra COVID-19. A vacina, porém, ainda não tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser distribuída no Brasil.





 

A liberação do órgão envolve diversas etapas até o registro e outras informações de vacinas contra COVID-19. O processo estabelecido pela agência envolve a observação de possíveis reações adversas, a fase de avaliação de qualidade, de certificação de boas práticas de fabricação, o pedido de uso emergencial, o pedido de registro e o monitoramento do plano de gerenciamento de risco.

 

A busca do setor privado pela compra de vacina contra a COVID-19 causou polêmica devido ao receio de que a rede privada de saúde possa ter um imunizante disponível antes do SUS. 

 

O governo federal informou nessa quarta-feira (27/01) que não faz objeção a que grupos privados comprem os imunizantes, desde que respeitem a legislação brasileira e cumpram algumas exigências específicas.

audima